Com o crescente número de atletas envolvidos em casos de doping, cresce também a pressão para que os recordes mundiais do atletismo sejam revistos. Enquanto a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) não toma uma atitude, European Athletics, como é conhecida a federação europeia, saiu na frente.
Nesta quinta, o órgão anunciou que vai revisar todos os seus recordes, para descobrir se pode considerar que eles foram batidos por atletas limpos. De acordo com a entidade, uma força tarefa foi criada para examinar a credibilidade desses recordes.
Muitos deles vêm desde os anos 1980, quando atletas do bloco soviético, principalmente da Alemanha Oriental, alcançaram marcas que até hoje parecem inalcançáveis, especialmente nas provas de campo femininas.
A European Athletics é presidida pelo norueguês Svein Arne Hansen, membro do Conselho Executivo da IAAF. Segundo Hansen, ele está em contato regular com o presidente da IAAF, Sebastian Coe, e a entidade internacional vai monitorar de perto esse trabalho dos europeus antes de decidir se fará o mesmo.
Na prova mais nobre do atletismo, por exemplo, os 100m, o recorde mundial pertence ao jamaicano Usain Bolt, que nunca foi pego no doping. Mas, com o doping de Nesta Carter nos Jogos de Pequim, confirmado na quarta-feira, todos os cinco abaixo de Bolt no ranking histórico já foram punidos: Tyson Gay, Yohan Blake, Asafa Powell, Justin Gatlin e Nesta Carter.