Com 23 pontos em 22 jogos no Campeonato Brasileiro, o São Paulo vive uma desconfortável semelhança com outros times grandes que foram rebaixados desde que o torneio passou a ser disputado por 20 times, em 2006. Na 19.ª posição da tabela de classificação, a situação só não é pior do que a do Vasco em 2015 que, nesta altura da competição, era lanterna com apenas 13 pontos.

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Depois de 22 rodadas, apenas o Corinthians de 2007 e o Vasco de 2008 – que acabariam rebaixados para a Série B ao final das temporadas – estavam distantes das últimas posições. O Corinthians tinha 27 pontos e estava na 15.ª colocação. O Vasco ocupava o 14.º lugar com 26 pontos.

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Outras equipes que foram rebaixadas estavam todas coincidentemente na 17.ª posição ao final da 22.ª rodada. É o caso do Palmeiras, em 2012, quando somava 20 pontos; do Vasco, desta vez em 2013, quando tinha 24 pontos conquistados; do Botafogo e seus 22 pontos em 2014; e do Internacional, que somava 24 pontos no ano passado.

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As contas para fugir do rebaixamento preocupam. Dos 28 pontos tidos como necessários no segundo turno para salvar o São Paulo, o time conquistou até agora apenas quatro em três jogos: perdeu para o Palmeiras e empatou com o Avaí, fora de casa, e ganhou do Cruzeiro no estádio do Morumbi, na capital paulista. Ou seja, ainda faltam 24 pontos.

Para “correr atrás do prejuízo”, o time tricolor precisa alcançar um aproveitamento de quase 50% nas 16 rodadas restantes do Brasileirão – algo que apenas os primeiros cinco colocados da tabela de classificação conseguiram até agora no torneio.

Outro cenário que parece dificultar a vida do São Paulo é que até o fim do campeonato 21 pontos serão disputados fora de casa. Até aqui, o time do Morumbi conseguiu vencer longe de casa em apenas uma oportunidade (4 a 3 sobre o Botafogo, no Rio). Fora isso, foram nove derrotas e dois empates.

POUCOS ESCAPAM – Além de repetir a narrativa dramática dos grandes clubes na luta contra o rebaixamento, o São Paulo também enfrenta uma estatística pouco favorável em relação aos clubes que entram na 23.ª rodada dentro da zona de rebaixamento: pouco menos de 30% deles escapam da degola.

Em 2012 e em 2016, todos os quatro últimos colocados nesta altura da competição acabaram jogando a Série B no anos seguinte. Foi assim com Internacional, Figueirense, Santa Cruz e América-MG no ano passado; e Palmeiras, Sport, Figueirense e Atlético Goianiense em 2012.

A lista dos times que estavam entre os quatro últimos depois de 22 jogos e que conseguiram se salvar é pequena: Flamengo, em 2006 (Ponte Preta, Fortaleza e Santa Cruz caíram); Atlético Paranaense e Náutico, em 2007 (Juventude e América-RN não escaparam); Santos e Náutico, em 2008 (Portuguesa e Ipatinga não se salvaram); Botafogo e Fluminense, em 2009 (Náutico e Sport foram parar na Série B); Atlético Mineiro e Atlético Goianiense, em 2010 (Goiás e Grêmio Prudente não reagiram); Atlético Mineiro, em 2011 (Avaí, Atlético Paranaense e América-MG caíram); Criciúma, em 2013 (Vasco, Ponte Preta e Náutico terminaram rebaixados); Palmeiras, em 2014 (Botafogo, Criciúma e Vitória foram “degolados”); e Coritiba, em 2015 (Avaí, Joinville e Vasco desceram).