O goleiro Fernando Prass foi o herói da classificação do Palmeiras. Ele defendeu duas cobranças de pênalti e recolocou sua equipe numa final de Campeonato Paulista, algo que não acontecia desde 2008. Ao defender os chutes de Elias e Petros, ninguém mais lembrava do gol que ele sofreu de Mendoza ainda no primeiro. Assim que garantiu a vitória nos pênaltis por 6 a 5, Prass correu em direção aos torcedores do Palmeiras.
Apesar de ter estudado a forma como os jogadores do Corinthians batem pênaltis, disse que defendeu as cobranças de Elias e de Petros por pura “intuição”. “Não sabia o canto nem do Elias nem do Petros. Foi na intuição. Eu pensei que o Petros ia bater cruzado, mas na hora resolvi trocar o canto. Goleiro tem de ficar calmo.”
Prass, de 36 anos, lembrou os anos difíceis que já viveu no Palmeiras desde que chegou, em 2013: a disputa da Série B, a ameaça de um novo rebaixamento no ano passado e uma época de problemas financeiros. “Não é que o Corinthians não merecia, mas por tudo que passamos nós merecíamos a classificação.”
O técnico Oswaldo de Oliveira também ressaltou essa nova mentalidade do grupo, resgatando a história vencedora do Palmeiras. “A trajetória do Palmeiras merecia reparos, por isso a diretoria se empenhou em mudar o ambiente, o clima. Isso me deixou muito otimista.”
Para o treinador, a maneira como o Palmeiras derrotou o maior rival credencia sua equipe ao título. “Fortalece o grupo. Ouvi muito a expressão ‘divisor de águas’. Sem dúvida, a classificação nos dá confiança para jogar as partidas da final.”
No primeiro jogo da final, domingo, no Allianz Parque, o Palmeiras deverá contar com Zé Roberto, que se recupera de contusão muscular.