São Paulo – Alavancada pela conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo – e, conseqüentemente, a conquista da vaga para a Olimpíada de Atenas -, a seleção brasileira masculina de handebol apresentou ontem o planejamento para o grupo, que terá preparação inédita. A expectativa é que o Brasil chegue entre o sétimo e o nono lugar na competição – a melhor colocação até hoje foi a de Atlanta/96: 11.º lugar.

O técnico Alberto Rigolo tem à disposição 31 atletas pré-convocados. Eles passarão por baterias de testes físicos até sexta-feira. Em fevereiro, o treinador escolhe os 22 que permanecerão treinando, e em maio define a equipe final, com 15. A novidade – e novo estímulo para os atletas – será a ajuda de custo que a Confederação Brasileira de Handebol oferecerá aos atletas que estiverem na seleção.

Manoel Luiz Oliveira, presidente da CBHb, comemora. “Até o ano passado, não tínhamos um centavo sequer para dar aos atletas da Seleção. Mas em 2003, com a Lei Piva e o patrocínio da Petrobras (que vai até o fim do ano), as coisas começaram a mudar. Já temos planejamento até 2008 e projeções para a Olimpíada de 2012.”

O investimento da Petrobras foi de R$ 500 mil em 2003 e será de R$ 800 mil em 2004. Outro reforço que a modalidade ganhou foi da Penalty, marca de material esportivo: cinco anos de patrocínio. “No meu tempo se jogava outro esporte, acho que treinávamos 10% do que se treina hoje. Tínhamos dificuldades, nem havia confederação. Quando me formei na faculdade, há 26 anos, dizendo que queria ser um profissional do handebol, as pessoas achavam que eu era louco”, diz Rigolo, que foi atleta da seleção brasileira.

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