Um bando de pilotos fora de controle. E sem controle. De tração, dos nervos, dos carros. E um com a situação absolutamente sob controle. Foi isso o GP da Austrália, que abriu a temporada 2008 da F1 na madrugada de domingo em Melbourne. A prova foi tão doida que apenas sete dos 22 que largaram receberam a bandeira quadriculada. Foi a corrida com menos carros chegando ao final desde o GP dos EUA de 2005, aquele em que apenas seis pilotos, os que usavam pneus Bridgestone, largaram.

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Teve acidente múltiplo na primeira volta, que tirou cinco de combate. Teve piloto passando sinal vermelho na saída dos boxes, Rubens Barrichello, depois de entrar para reabastecimento com o pit-lane fechado e arrastar o mecânico que colocava gasolina em seu carro. Teve campeão do mundo cometendo erro atrás de erro. Teve motor da Ferrari estourando. Motores, aliás; tanto o de Kimi, o campeão descontrolado, quanto o de Massa abriram o bico. Teve piloto, Nakajima, batendo em outro, Kubica, com safety-car na pista. Teve de tudo.

O único que parecia correr sozinho em Albert Park, alheio aos problemas dos outros, era Lewis Hamilton. Largou na pole, fez duas paradas tranqüilas e venceu pela quinta vez na carreira. Nick Heidfeld, da BMW Sauber, foi outro que procurou não se meter em enrascadas. Chegou em segundo, seguido por Nico Rosberg e Fernando Alonso, igualmente serenos diante de tanta confusão.

?Tive um carro de sonho nas mãos. Estou muito mais preparado que no ano passado e pude correr o tempo todo sem ser pressionado?, disse Hamilton. Para começo de campeonato, foi uma corrida divertidíssima. Para a McLaren, mais ainda. Para a Ferrari, com quem se prevê que aconteça o duelo pela taça, um desastre. Semana que vem, na Malásia, os italianos terão a chance de tentar reagir.

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