A Ferrari está engasgada com Lewis Hamilton, da McLaren, e com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). No sábado, uma interferência do inglês já havia atrapalhado Kimi Raikkonen nos treinos livres. Neste sábado, Hamilton prejudicou a trajetória do finlandês, seu rival na briga pelo título do Mundial de Pilotos, quando este passava na reta oposta na sua ultima volta rápida do treino de classificação do GP do Brasil de Fórmula 1.
O chefe da assessoria de imprensa da Ferrari, Luca Colajanni, e outros integrantes da equipe italiana notaram rapidamente o problema, tanto que logo que Kimi saiu do carro Luca já procurou o piloto pedindo para que ele ressaltasse na entrevista coletiva dos três primeiros colocados no grid de largada o fato de ter sido prejudicado por Hamilton.
Levantar polêmica, no entanto, não é uma das especialidades do finlandês, que se limitou a dizer que perdeu tempo importante na parte final do treino.
Luca então foi procurar a direção de prova. Na volta ao paddock, estava visivelmente irritado. "Nós conversamos informalmente com o pessoal da FIA sobre a possibilidade de abrir uma investigação e eles disseram que não havia fatos suficientes para que isso acontecesse", contou. "Então não vou perder meu tempo", emendou, aborrecido.
Kimi admitiu que teria sido melhor uma dobradinha da Ferrari na primeira fila, para que pudesse ter melhores condições de lutar pelo título contra Hamilton e Alonso. "Mas acho que o terceiro lugar não é uma posição ruim", ponderou o piloto, que largará em terceiro lugar, logo atrás de seu companheiro de equipe, Felipe Massa.
Somente no comunicado oficial da Ferrari o piloto foi mais enfático ao reclamar do inglês. "Na minha última volta rápida eu perdi momentos preciosos na curva 4 por causa de Hamilton: foi uma verdadeira pena mas não há recriminações sobre isso.
