Tendo passado o GP do Brasil e faltando apenas mais uma etapa para o fim da temporada, em Abu Dabi, o assunto na Fórmula 1 começa a mudar. Depois da corrida que concretizou não só a vitória de Lewis Hamilton como o pentacampeonato da Mercedes no Mundial de Construtores, os três primeiros colocados da etapa em São Paulo foram questionados sobre o futuro do automobilismo com o avanço dos carros elétricos e a necessidade de atrair o público jovem para o esporte.
“Os gases que emitimos com nossos carros não são particularmente úteis para o clima e para o mundo, então de um lado isso é uma preocupação para mim, mas do outro lado, como um fã de corridas, eu sempre serei movido pela gasolina”, afirma o piloto britânico da Mercedes. Depois, ele afirma que espera que, enquanto estiver correndo, o motor continue tendo ao menos duas características: “formato de V” e emita “algum tipo de som”.
“Eu não acho que você vá comparar a Fórmula 1 e a Fórmula E. Talvez em cinco, talvez dez anos”, analisa. Hamilton comenta que acompanha a categoria nas redes sociais, mas que acredita que eles ainda têm um longo caminho pela frente para atingir a velocidade que a F-1 tem hoje em dia, mas que os avanços são impressionantes e que ele está ansioso para vê-los progredir.
No entanto, o pentacampeão Mundial considera ótimo que grandes empresas como Audi, BMW e Mercedes estejam investindo dinheiro em alternativas que poluam menos o meio ambiente. O piloto cita, inclusive, o trânsito enfrentado no Brasil para justificar a necessidade de diminuir a quantidade de carros a gasolina nas ruas.
“Apenas vindo aqui, por exemplo, você ver o tráfego todos os dias, há milhares e milhares de carros na estrada. Há o mesmo em todos os países que frequento, então quanto mais cedo pudermos nos livrar da maioria desses carros e transformá-los em híbridos, acho que seria uma grande diferença”, opina.
Max Verstappen, segundo colocado da prova, concorda que a categoria está ficando mas interessante com os fabricantes de automóveis se unindo, mas pondera afirmando que são categorias diferentes. “O chefe da Fórmula E disse claramente que eles não querem competir ou serem vistos competindo contra a Fórmula 1”, analisa o holandês. “No momento estou feliz onde estou e provavelmente serei uma das últimas pessoas no mundo a tentar comprar os últimos barris de petróleo”, complementa o piloto da Red Bull.