A partir de um convite formulado pelo chairman Pol Wautmartens, dirigente da associação internacional de halterofilismo paraolímpico, o potiguar João Euzébio Batista, se tornou o 99.º paratleta brasileiro a integrar a delegação que vai disputar os Jogos Paraolímpicos de 2004.
Dez vezes campeão nordestino e outras dez brasileiro, Euzébio ainda acumula um tricampeonato paradesportivo da categoria até 82,5 kg.
Embora as inscrições dos 143 países que vão competir em Atenas já houvesse se encerrado, o convite foi formulado depois do prazo pelo bom retrospecto do natalense de 37 anos, que é portador de atrofia nos membros inferiores em razão de poliomielite. Os braços porém são como “guindastes” e sua última marca, que representa o recorde brasileiro da modalidade, é de 176 kg.
João Euzébio conta que sua primeira experiência com o paradesporto foi na piscina. “Eu comecei com a natação. Mas como tinha muita gente melhor que eu, troquei de esporte. Acabou dando certo”, conta o potiguar que se disse surpreso com o convite. “Realmente não esperava. Tanto que quando a menina do Comitê (CPB) me ligou, achei que era uma pegadinha”, revelou o atleta, que a partir de agora já programou uma pequena mudança. “Como treino com freqüência, não vou precisar alterar muito a rotina de preparação. Vou apenas programar, junto com meu técnico um exclusivo de aperfeiçoamento além do trabalho de polimento mais próximo da competição”, finaliza Euzébio, cujo último resultado expressivo foi no Parapanamericano de Oklahoma, em 2003, quando conquistou a prata ao levantar 160kg.
O halterofilismo contará com 240 atletas na Paraolimpíada de Atenas. São 80 mulheres e 160 homens. Além de João Euzébio Batista, os atletas Alexander Whitaker e Marcelo Motta, também defendem o Brasil na Grécia.