As contas oficiais da Fifa e do presidente Joseph Blatter no Twitter sofreram um ataque hacker nesta segunda-feira. O grupo denominado Syrian Electronic Army assumiu a responsabilidade pelas mensagens que chegaram a “anunciar” a renúncia do dirigente, com acusações de corrupção e até homicídio.
As mensagens foram publicadas nas contas @FifaWorldCup e @SeppBlatter, que contam com cerca de 500 mil seguidores, e ainda estavam na ar durante esta tarde. O departamento de mídia da Fifa admitiu a invasão eletrônica, mas reconheceu dificuldade para apagar as mensagens. “Estamos trabalhando nisso neste momento”, anunciou a assessoria da entidade.
Os ataques foram assinados por um grupo simpatizante do presidente sírio Bashar Assad, que enfrenta protestos populares em um conflito civil há dois anos. O grupo já assumiu a responsabilidade por ataques às contas oficiais do serviço árabe da BBC e da Al-Jazeera.
Entre as mensagens das contas atacadas por hackers, Blatter “admite” ter recebido propina para realizar a Copa do Mundo de 2022 no Catar após “renunciar” ao cargo. Em tom irônico, o perfil do presidente da Fifa diz que precisava “sustentar” a entidade e elogiar o Emir do país. Também indica o príncipe Ali Bin Al-Hussein, atual vice-presidente da Fifa, para assumir a presidência.
Em resposta, a Fifa pediu para que todas as informações publicadas pelas duas contas sejam cotejadas com os dados contidos no site oficial. “Para evitar qualquer dúvida, gostaríamos de pedir que verifiquem e chequem qualquer comunicado oficial no site do departamento de mídia da Fifa”, anunciou a assessoria da entidade.