Gustavo recusa proposta dos árabes e fica até dezembro

O Paraná Clube terá o seu mais regular jogador de defesa até o final do Brasileirão. Gustavo recusou proposta dos Emirados Árabes e sonha com a conquista de uma vaga para a disputa da Libertadores da América. Objetivo que, se alcançado, poderá fazer com que o atleta renove seu contrato com o Tricolor, apostando numa projeção ainda maior. ?Pensei muito antes de tomar a decisão. Recebi apoio de meus familiares e agora só quero falar do Paraná?, disse Gustavo, logo após reunião com os empresários da L.A. Sports.

O zagueiro confirmou que Luiz Alberto Martins de Oliveira Filho e Rogério Bozzi Filho foram decisivos na sua opção. Os proprietários da L.A. acertaram um contrato de dois anos com o jogador, confiantes em transações significativas a partir da reabertura do mercado europeu. ?O Gustavo é um zagueiro de alto nível, com passaporte comunitário e que não poderia sair agora?, disse Luiz Alberto. ?A meta do clube é a Libertadores e considero o Gustavo um jogador fundamental para o grupo?, analisou o empresário.

Gustavo, 24 anos, espera o passaporte comunitário para dezembro. ?Meu bisavô era italiano?, conta o atleta.

?A oferta dos Emirados Árabes era boa, mas dinheiro não é tudo. Acredito nesse grupo do Paraná e o sucesso do clube vai significar uma valorização para todos nós.? O zagueiro chegou ao clube no início do ano. Vindo do modesto CRB, com passagens anteriores por Guarani e Ponte Preta. ?Já vivi a experiência de ir para o exterior e sumir do circuito?, comentou Gustavo, que foi para a Bulgária, em 2002.

De lá, transferiu-se para a Rússia, onde jogou até 2004.

?Não é fácil. Quando voltei para o Brasil, tive que começar tudo outra vez?, disse Gustavo. O zagueiro atuou, até aqui, em 23 jogos do Tricolor no Brasileirão. ?É uma boa média para um jogador de defesa.

Só cumpri duas suspensões por cartões amarelos.? Gustavo revelou ainda que o bom ambiente que encontrou no Paraná – onde foi um dos destaques na conquista do título paranaense – pesou na hora de definir seu futuro.

?O grupo é muito bom. Há um clima de amizade e isso se reflete no campo. Tenho bom relacionamento também com a torcida e com a imprensa. Analisei tudo isso?, justificou.

Nem Gustavo nem os empresários da L.A. confirmaram valores do acerto com o atleta. Mas, Luiz Alberto garantiu que fez constar em contrato uma cláusula onde o clube receberá um percentual de qualquer negociação que venha a ser feita futuramente. ?A nossa intenção é segurá-lo para a disputa da Libertadores e os valores acordados são compatíveis com a faixa salarial aplicada pelo Paraná Clube?, garante Luiz Alberto.

O empresário disse não ter estimativa sobre o valor de Gustavo no mercado internacional. ?Isso é relativo. Podemos medir o valor a partir de uma proposta. Mas, tenho certeza que será um atleta que trará um grande retorno financeiro a todos os envolvidos. É um zagueiro diferenciado. No momento, o retorno, com a sua permanência, será técnico.? Para Luiz Alberto, Gustavo será peça-chave para que o Tricolor termine o ano entre os quatro melhores do País, carimbando passaporte para o maior torneio de clubes do continente.

61 é o número da Libertadores

Seis pontos em cinco dias devolveram a serenidade ao Paraná Clube. A vitória sobre o Figueirense, um de seus mais sérios concorrentes, foi o ?cartão de acesso? do time de Caio Júnior à disputa direta por uma vaga à Libertadores. Se mantiver o atual aproveitamento, o Tricolor fechará o ano em alta e com a vaga assegurada ao torneio mais valorizado do continente. Pelas projeções, 61 é o ?número mágico? para garantir classificação entre os quatro primeiros do Brasileirão.

Porém, pelo aproveitamento atual dos clubes, a vaga poderia ser garantida com pontuação menos expressiva (a partir de 58 pontos, é possível sonhar). O técnico Caio Júnior ainda não traçou metas para a reta final. O objetivo inicial, neste segundo turno, era a conquista de catorze pontos até o jogo frente à Ponte Preta, no próximo dia 4 de outubro. O Tricolor pode até superar essa marca, mas para isso teria que obter nova vitória fora de casa, frente ao Internacional, sábado, em Porto Alegre, e confirmar favoritismo em casa, diante do time de Campinas.

Na reta final do Brasileiro, o Paraná faz seis jogos em casa e sete fora. Para chegar aos 61 pontos, o clube precisa de sete vitórias (ou, por exemplo, seis vitórias e três empates). Uma tarefa árdua, mas viável. O Tricolor superou o momento ruim e hoje já tem aproveitamento superior ao apresentado neste mesmo período, no primeiro turno do campeonato. Nas sete primeiras rodadas da competição, somou seis pontos, contra nove conquistados neste returno.

Para tornar realidade o sonho da Libertadores, o time de Caio Júnior terá que superar clubes desesperados. Serão seis jogos contra equipes que lutam contra o descenso e estão, hoje, entre os oito últimos colocados do Brasileirão: Santa Cruz (F), São Caetano (F), Ponte Preta (C), Goiás (C), Flamengo (C) e Palmeiras (C). Tem ainda dois duelos contra seus mais diretos ?perseguidores?, Vasco e Cruzeiro, fora de casa. Nas outras partidas, tem um clássico contra o Atlético e jogos contra equipes que estão à sua frente: Inter, São Paulo e Santos.

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