Alberto Melnechuky
No colo da mãe, Gustavo apresenta as conquistas da meteórica carreira.

O nome dele é Gustavo Matheus Seiler, tem 9 anos, e é tímido. Apenas um garoto. Mas quando fala sobre o esporte que pratica, há pouco mais de quatro anos -aprendeu com cinco, jogando em casa, com o pai, Raul do Valle Netto -, Gustavo se transforma. Conta como poucos a história dos ídolos e revela um segredo: sonha em ser campeão mundial um dia.

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Sonho de menino, mas que tem tudo para virar realidade. Pelo menos isso é o que traduzem os resultados alcançados pelo pequeno Gustavo que, depois dos primeiros passos, ainda dentro de casa, ingressou numa primeira escolinha de xadrez e há cerca de três anos vem apresentando uma incrível evolução.

Foi em 2002, quando alcançou os primeiros resultados positivos – títulos em etapas do Circuito Escolar de Curitiba -, que ele passou a chamar a atenção das instituições de ensino mais ligadas à prática do xadrez -hoje ele lidera o ranking do Circuito Escolar e é o 3.º colocado no ranking da Copa Escolar de Xadrez da categoria sub-10.

O primeiro a acreditar foi o Colégio Nossa Senhora de Sion. A escola lhe garantiu uma bolsa integral. Isso foi aos 7 anos, e ele venceu os desafios com adversários de várias escolas da capital, conquistando vários pódios nas diversas competições que participou.

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Hoje, Gustavo tem um objetivo muito claro: vencer o campeonato paranaense que será disputado no primeiro fim de semana de março (dias 4 e 5). Isso o levaria a disputar o brasileiro da categoria sub-10, sem custos. ?O primeiro colocado garante vaga e tem as despesas pagas pela Federação Paranaense de Xadrez?, revela Gustavo, que deseja ainda estudar no Colégio Militar de Curitiba, instituição de ensino ligada ao Exército Brasileiro.

E por que essa escolha: ?Em virtude da disciplina interna?, reflete o garoto, que tem como ídolo o norte-americano Bob Fischer, responsável por criar um tipo de cálculo avançado que antecipa em várias rodadas as ações durante uma partida.

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Gustavo Seiler treina cerca de meia hora por dia. Além de gostar de matemática, ele não dispensa o futebol com os amigos que moram na sua rua. Os pais, no entanto, não conseguem bancar a participação do filho em todas as competições, e pedem ajuda. ?Se alguém quiser ajudar com uma bolsa, pode ligar para a gente?, explica a mãe Lídia Luíza dos Reis Valle, que acompanhou Gustavo numa rápida visita à redação da Tribuna. Para os interessados que quiserem ajudar a nova promessa do xadrez, o telefone para contato é o (41) 3029-4976.