Emocionado, o volante Guiñazu se despediu oficialmente do Internacional neste sábado com uma entrevista coletiva e se declarou grato ao clube que o contratou em 2007 e do qual se tornou ídolo pela raça demonstrada dentro de campo. “Sou eternamente agradecido ao Inter. Um obrigado muito grande por tudo. Nunca vou conseguir retribuir todo o carinho que recebi da torcida”, afirmou.
Guiñazu, de 34 anos, chegou ao Inter após chamar a atenção do clube no duelo com o Libertad pelas semifinais da Libertadores de 2006. Nesse período, o volante argentino disputou 282 partidas e marcou quatro gols. Ele faturou quatro títulos estaduais (2008, 2009, 2011 e 2012), uma Sul-Americana (2008), uma Libertadores (2010) e uma Recopa (2011). Neste sábado, Guiñazu garantiu que nem imaginava vencer tanto pelo clube quando foi contratado.
“É um dia difícil. Estou triste por sair do clube. Quando cheguei aqui, em 2007, nunca pensei que iria ganhar tudo o que ganhei. Deixo muitos amigos, e estou aqui para agradecer a cada um deles, cada pessoa que trabalha aqui e que me acolheu com muito carinho. O que vivenciei aqui dentro não vai acontecer nunca mais. Quero agradecer ao Rio Grande do Sul e a Porto Alegre. Acho que sempre vou poder entrar e sair do Beira-Rio de cabeça erguida. Vou levar o clube no sangue”, disse.
Ele explicou que foi procurado pelo Libertad na última sexta-feira e decidiu sair do clube por um desejo da sua família. Assim, conversou com Giovani Luigi, presidente do Inter, que aceitou liberá-lo gratuitamente. Ídolo, o jogador argentino pediu a compreensão do torcedor da equipe gaúcha.
“Foi tudo muito rápido. O Libertad me procurou ontem (sexta-feira). O presidente é uma pessoa séria e está me propondo muita confiança. Minha família sempre pensou em morar no Paraguai, e agora falta pouco para minha carreira acabar. Expressei o meu sentimento e o da minha família, que é o mais importante, para o presidente Giovanni Luigi e ele entendeu. É o momento certo para sair. Sempre dei tudo de mim aqui no Inter. Espero que a torcida entenda o lado humano da coisa”, comentou.