Valencia – Gustavo Kuerten superou, com folga, seu primeiro grande teste na nova etapa de sua carreira. Venceu, ontem o belga Olivier Rochus na primeira rodada do Aberto de Valencia por 6/2 e 6/4 numa partida que durou 1h05min. Guga jogou bem, sentiu-se à vontade em quadra e fez o público lembrar que estava diante de um vencedor do saibro.
O desempenho do catarinense surpreendeu o próprio jogador, há sete meses longe das quadras e ainda em fase final de reabilitação da última cirurgia no quadril. Em função da parada forçada, Guga não esperava ter feito boas jogadas e movimentar-se com desenvoltura. ?As jogadas estavam saindo naturalmente e fiquei surpreso?, afirmou, após a vitória. Guga só volta a jogar amanhã, diante do vencedor do embate espanhol entre Albert Montañes e Alberto Martin.
Assim como Guga, o público também se surpreendeu pela superioridade visível do brasileiro. Ele foi muito aplaudido quando entrou e saiu da quadra.
A torcida brasileira esteve tímida, mas no único momento de dúvida, no segundo set, apoiou o jogador.
O catarinense disse ter se sentido muito cômodo e ter mantido a concentração durante todo o jogo. ?Não era normal ter ficado dentro do jogo do princípio ao fim. Fiz ace, acertei bolas perto da linha quase naturalmente. Por mais que a gente se prepare, na hora do jogo é tudo diferente.?
Vencido o primeiro teste, falta a Guga ganhar ritmo para prosseguir na competição, embora a conquista do título do Aberto de Valencia não seja, no momento, sua meta. Mais que uma vitória Guga disse que sua expectativa neste primeiro jogo do seu retorno era jogar bem, acostumar-se outra vez ao circuito.
Reencontro
Ter voltado a ver a torcida brasileira em quadra fez Guga lembrar o que sentiu ao desembarcar em Valencia. Com o passar dos dias e dos treinos, disse ter ficado angustiado porque pôde constatar que o nível dos demais jogadores estava muito acima do seu. ?Tive consciência de que teria de brigar.? Após a definição dos confrontos, admitiu ter ficado tenso até o dia do jogo. ?Estava louco para entrar e fiquei feliz porque todo o mundo me recebeu superbem.?
O jogo
O primeiro set foi dominado pelo brasileiro, mais seguro em quadra e mais atento ao jogo. Olivier começou sacando, mas o brasileiro quebrou o serviço duas vezes, chegando a 4/0. Já no segundo set, Guga teve um momento de dúvida. Começou com vantagem, mas Rochus parecia estar melhorando e chegou a adiar duas vezes o ponto final do catarinense. Neste momento, a torcida passou a aplaudir mais intensamente Rochus, dando a impressão de que queria os três sets da partida. Guga fechou o set com um voleio e foi ovacionado. Ao deixar a quadra, fez sinal de positivo para a torcida.
Concentração fez diferença
Apesar da boa movimentação, Guga voltou a mencionar a necessidade de tempo para chegar à sua condição física ideal. ?Não será de uma semana para outra que vou chegar a 100%. Foram muitos meses desde que operei. Por isso, me baseei na concentração para poder superar os momentos difíceis da partida?, afirmou.
Davis: Antilhas dão mando ao Brasil
São Paulo – As Antilhas Holandesas ofereceram ao Brasil o mando do confronto entre os dois países, de 15 a 17 de julho, pela Copa Davis. A Federação de Tênis do País alegou não ter condições financeiras de sediar dois duelos no mesmo ano, já que recebeu Bahamas mês passado.
A oferta das Antilhas Holandesas será analisada pelo Comitê da Copa Davis e deve ser votada até quinta. Entre os 5 dirigentes com direito a voto está Nelson Nastás, ex-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
Apesar de ser opositor da atual diretoria da CBT, ele prometeu votar a favor dos jogos no Brasil, o que traria receitas para a entidade e facilitaria o jogo dos brasileiros dentro de quadra. E a equipe comandada por Meligeni terá força total neste confronto, com a volta de Guga.
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