Guga larga para o bi contra velho freguês

Com fortes esperanças de ter um ano brilhante, Gustavo Kuerten dá início à temporada de 2004 num verdadeiro clássico do tênis internacional, diante de um velho freguês. Na sua estréia do ATP Tour de Auckland, o Heineken Open, Guga jogará com o espanhol Alex Corretja, jogador que já enfrentou por oito vezes e ganhou seis. Neste torneio, Guga inicia o ano com certa responsabilidade. Tem de defender o título conquistado ano passado, quando derrotou o eslovaco Dominik Hrbaty na final. Agora, a campanha começa diante de Corretja, em jogo que tanto pode ser amanhã como na terça-feira.

Guga e Corretja já fizeram partidas memoráveis, entre elas a final de Roland Garros de 2001, em que o brasileiro conquistou o tricampeonato na França, ganhando por 3 a 1, com direito a um 6/0 no último set. Na última vez que enfrentou o espanhol, o brasileiro também teve sorte. Foi nas semifinais do ATP Tour de São Petersburgo, na Rússia, em 2003, justamente no último título conquistado por Kuerten.

Desde 1998, Guga não sabe o que é perder para Corretja. As duas vitórias do espanhol sobre o brasileiro foram no Masters Series de Hamburgo, em 98, e um ano antes, em Porto Alegre, válido pela Copa Davis. Depois, vingou-se ao ganhar a Davis em Llérida, Espanha, em 99, e venceu ainda este adversário por três anos seguidos no Masters Series de Roma, em 99, 2000 e 2001.

Para acentuar ainda mais o atual favoritismo do brasileiro, enquanto Guga ocupa hoje a 16.ª posição no ranking mundial, Corretja – que já foi número dois do mundo – está agora na 100.ª posição e, desde que se casou, parece ter se acomodado um pouco.

Se Guga passar pela estréia, terá pela frente, na segunda rodada, o vencedor da partida entre o austríaco Stefan Koubek e o espanhol Alberto Martin. O cabeça de chave número 1 da competição é o argentino Guillermo Coria e outros favoritos são Jiri Novak, Sjeng Schalken e Gaston Gaudio.

Escândalo

A ATP parece mesmo estar em maus lençóis para explicar o escândalo de doping denunciado pelo tenista Greg Rusedski. Em um comunicado oficial, enviado ontem, a Associação dos Tenistas Profissionais admite que no período de agosto de 2002 a maio de 2003 diversos jogadores revelaram traços do esteróide nandrolona, todos provenientes de uma mesma fonte, possivelmente os suplementos e os eletrolíticos servidos aos jogadores durante as partidas e antes delas, pelos próprios fisioterapeutas da ATP.

As investigações de doping, lideradas por Richard Young, do laboratório IOC de Montreal, no Canadá, revelam ainda que depois de maio de 2003, outros quatro jogadores continuaram apresentando a presença de esteróides, com a mesma característica, a marca analítica, o que significa dizer que vieram da mesma fonte. Mas apenas um desses atletas tinha níveis elevados.

Rusedski ainda não foi oficialmente punido pelo resultado positivo de doping e sua pena deverá ser de um ano. Mas se define como inocente e culpa a ATP por ter servido esses produtos que teriam contaminado um total de 43 jogadores e nenhum deles teve seu nome divulgado.

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