São Paulo – Como grande estrela do evento, e agora com os cabelos cor de laranja, Gustavo Kuerten estréia hoje à noite no Tênis Espetacular no Ginásio do Ibirapuera, diante do argentino Mariano Zabaleta, em jogo programado para às 21h.

Depois de disputar esta competição, Guga – como revelou em entrevista coletiva ontem, no L?Hotel, em São Paulo – viajará para os Estados Unidos, onde passará por mais alguns testes e nova cirurgia no quadril. Seu objetivo é voltar a ter condições de mostrar o seu verdadeiro tênis, pois na atual situação, sofrendo com os problemas físicos, não vê mais alternativas.

“Jogo em São Paulo e depois viajo para os EUA para mais alguns exames. Os médicos me deram muitas esperanças de voltar a jogar no meu melhor nível. E este é o meu objetivo. Se puder jogar novamente de forma competitiva, sem dúvida nenhuma, a cirurgia seria minha opção. Mesmo que para isso o prazo seja de voltar só no ano que vem”, diz.

Guga confessa que não conseguiu superar os problemas físicos que o impedem de mostrar o seu verdadeiro tênis, apenas com o árduo treinamento realizado recentemente. “Trabalhei bastante nos últimos meses e não consegui superar as dores”, admitiu.

Este ano, que Guga define como atípico, o tenista brasileiro foi obrigado a jogar bem pouco. Mesmo assim, conseguiu alguns bons resultados, como a vitória na terceira rodada em Roland Garros, sobre Roger Federer; depois ganhou de Tim Henman, em Montreal; e conquistou ainda o título do Brasil Open, na Costa do Sauípe. Tudo isso o animou a seguir no circuito.

Só que para manter seu nível precisa resolver o problema físico. E a vontade de passar por cirurgia, buscar alternativas, mostra que está disposto a tentar mais uma vez reencontrar-se com o seu melhor desempenho.

Além de disputar o Tênis Espetacular, Guga também confessou-se decepcionado com a atual situação da Copa Davis. Nem quis comentar muito a troca de treinador, com Carlos Kirmayr assumindo agora o comando do confronto Brasil e Peru, de 24 a 26 em Brasília, sendo o 5.º capitão da equipe brasileira em apenas sete meses. “Muitas coisas mudam, mas o que deve mudar, que é o Nelson Nastas na presidência da CBT, continua”, disse.

“Para mim o ânimo de defender o Brasil na Davis é o mesmo, não importa se é na 3.ª, na 4.ª divisão, a vontade de jogar é a mesma, só que precisaria haver mudança no comando da CBT”, completa Guga.

A estréia de Guga diante de Zabaleta será a segunda partida do dia do torneio. Às 19h45, Flávio Saretta enfrenta o argentino Juan Ignacio Chela.

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