Rio de Janeiro (RJ) – Nem mesmo a eficiência do número um de duplas Daniel Nestor aliada a um incômodo chuvisco que se arrastou ao longo de toda a partida foram empecilhos para que Gustavo Kuerten e André Sá mantivessem o Brasil na elite do tênis masculino.

Em uma equilibrada batalha de mais de três horas, os dois melhores tenistas brasileiros da atualidade venceram os canadenses Nestor e Simon Larose por 3 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/6 (7/5), 6/1, 4/6 e 6/2. Com isso, liquidaram o confronto pela repescagem por 3 a 0. Neste domingo, acontecem outros dois jogos de simples, apenas para o cumprimento da tabela.

Ao final da partida, que deixa o País no Grupo Mundial pela sétima temporada consecutiva, Guga e Sá não esconderam a emoção. Depois de um caloroso abraço, foram vibrar junto dos demais integrantes da equipe, que invadiram a quadra. Houve até banho de champagne e volta olímpica.

Apesar do favoritismo da dupla canadense, Guga e Sá mostraram desde o início do jogo que estavam dispostos a aprontar uma surpresa. Mesmo após o catarinense ter seu saque quebrado pela primeira vez, no sexto game, encontraram forças para reagir e colocar o placar novamente em igualdade.

Mas se na devolução a dupla brasileira ia bem, no saque não se podia dizer o mesmo. No oitavo game, foi a vez de Sá perder seu serviço após cometer duas duplas faltas. O mineiro ainda se redimiu, levando a uma nova quebra, mas Guga voltou a servir mal no décimo game e acabou cedendo de bandeja a vitória na primeira parcial ao Canadá por 6/4.

No segundo set, o equilíbrio entre as duplas se manteve, porém com uma diferença marcante em relação ao primeiro: dessa vez, as equipes venciam seus games de saque com certa facilidade. Sem quebras, a definição foi para o tie-break. Guga e Sá começaram atrás no placar, mas reagiram a tempo e, com boas devoluções, venceram por 7/5.

Desanimados, Nestor e Larose voltaram desconcentrados para a terceira parcial e praticamente não ofereceram resistência ao time brasileiro. Antes de uma paralisação de 35 minutos causada pela chuva, permitiram que o Brasil abrisse uma vantagem de 3/1. Guga e Sá ainda quebraram o saque de Nestor mais uma vez no sexto game para marcarem um contundente 6/1.

A dupla brasileira manteve o ritmo no início do quarto set, dando a impressão de que chegaria a uma vitória rápida. No entanto, depois de quebrar o saque canadense no quinto game, cedeu a igualdade, deixando o jogo dramático. No décimo game, Sá, que já perdera o saque no sexto game, voltou a ter problemas no serviço e permitiu que o Canadá fizesse 6/4.

No quinto set, a equipe brasileira reencontrou seu melhor tênis e alcançou a vitória. Com quebras no primeiro e no quinto game, Guga e Sá fecharam a parcial por 6/2 e o jogo por 3 sets a 2.

Argentina respira após 6h20

Moscou

(AE) – Os argentinos David Nalbandián e Lucas Arnold precisaram de 6h20 para derrotar os russos Evgueni Kafelnikov e Marat Safin, por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 6/4, 5/7, 3/6 e 19/17, ontem, em Moscou, nas duplas válido pela semifinal do Grupo Mundial da Davis.

Este foi o segundo jogo mais demorado da história da Davis. Só perde para o confronto entre o norte-americano John McEnroe e o sueco Mats Vilander de 1982, que teve 6h21 de duração. O último set de Argentina x Rússia demorou 3h06. Os russos vencem a disputa por 2 a 1.

EUA sobrevivem

Os Estados Unidos diminuíram a vantagem da França na disputa da semifinal do Grupo Mundial da Copa Davis, ao vencerem o jogo de duplas, ontem, por 3 sets a 2. A dupla James Blake/Todd Martin marcou 6/2, 6/7 (2/7), 6/2, 4/6 e 4/6 sobre os franceses Fabrice Santoro/Mickael Llodra.

CBT quer ser cabeça-de-chave

Chiquinho Leite Moreira

Rio (AE) – O Brasil vai precisar de todos os pontos que puder conquistar diante do Canadá para ampliar suas chances de ser designado como cabeça-de-chave do Grupo Mundial da Copa Davis de 2003. Por isso, as vitórias na rodada de hoje serão muito importantes. Não basta apenas estar classificado no playoff – repescagem – que se disputa no Clube Marapendi é preciso provar aos exigentes dirigentes da ITF, a Federação Internacional de Tênis, que a equipe brasileira merece, e deve, estar entre as oito melhores equipes do mundo, das 16 que participam da competição.

Além dos bons resultados e das boas atuações de Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni, o Brasil tem em Nelson Nastás, presidente da Confederação Brasileira de Tênis e integrante do Comitê Internacional da Copa Davis, um nome forte para o sonho do País.

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