Rio – Gustavo Kuerten ainda acredita na possibilidade de retomar o circuito profissional com sucesso, apesar de os fatos indicarem para outro lado. Independente dos resultados que possa alcançar no Torneio dos Campeões da Copa Petrobras, onde estreou com derrota para o marroquino Younes El Aynaoui na quarta, Guga deixa claro que está muito longe do que foi um dia e o pior é que não há muitas perspectivas de que possa relembrar os bons tempos.
A última vitória de Guga num torneio profissional já foi há mais de um ano, em agosto de 2005, no US Open, em Nova York – numa temporada em que obteve apenas três bons resultados contra dez derrotas. Depois disso, ele praticamente não jogou, limitando-se a tratamentos e treinamentos. Em 2006 perdeu nas primeiras rodadas do Brasil Open, para André Ghem, e recentemente em Assunção, no Paraguai, caiu diante de um desconhecido, o austríaco Rainer Eltzinger.
A falta de ritmo poderia justificar essas frustrações, mas em quadra o tricampeão de Roland Garros demonstra um tênis frágil, sem mobilidade e com seus golpes sem a mesma eficiência.
O próprio tenista reconheceu esses fatos. No Rio, depois de perder para El Aynaoui, Guga reclamou de sua falta de movimentação. E em Assunção, ele admitiu que seus golpes estavam precisando de um pouco mais de pimenta, ou seja, não são agressivos o suficiente para vencer no tênis de hoje.