Mesmo mais de seis anos depois de sua saída, Pep Guardiola ainda tem a imagem muito ligada ao Barcelona. Afinal, foi responsável por montar uma equipe que marcou época e revolucionou o futebol mundial. Por isso, até hoje o próprio treinador sente-se nostálgico ao lembrar daqueles tempos.
“Nós realmente gostávamos de jogar futebol. Eu não gosto do conceito de ‘tiki-taka’, parece divertido demais, algo que é feito para ser uma piada. Mas nós não entregávamos a bola porque sabíamos onde terminar. Isso acontece apenas uma vez na vida, faz eu me sentir nostálgico ao ver”, declarou em entrevista à Gazzetta dello Sport neste domingo.
Como técnico do Barcelona, foram 14 títulos em quatro anos, incluindo duas Ligas dos Campeões e três Campeonatos Espanhóis. Tudo isso em seu primeiro trabalho como técnico de uma equipe de elite – havia comandado apenas o time B do Barça anteriormente.
“Não quero ser um falso humilde, mas não inventei nada. Eu tive sorte. Aos 37 anos, era um jovem técnico vindo da quarta divisão, com sete jogadores vindos das divisões de base, onde, por muitos anos, faziam o que pedíamos a eles, e com dinheiro para comprar fortes jogadores estrangeiros. Queríamos engolir o mundo e o fizemos. A força daquele time era ser consistente a cada três dias por quatro anos”, lembrou.
Depois do Barça, Guardiola comandou o Bayern de Munique por três anos e, agora, está desde 2016 no Manchester City. O espanhol nunca mais conquistou a Liga dos Campeões, que é justamente o grande sonho de seu clube no momento. E ele próprio aponta outros favoritos na atual edição do torneio.
“Como equipe, nosso maior sucesso foi a semifinal da Liga dos Campeões. Não sei se estamos prontos, não temos uma história por trás de quem vai a campo. Os favoritos são Real Madrid e Barcelona, que têm esta história, e Juventus, que depois de duas finais comprou o Cristiano Ronaldo e mostraram querer. Depois, o Atlético de Madrid, que é muito forte em casa. Mas espero que possamos estar lá”, afirmou.