O Guarani confirmou ser o algoz dos times cariocas e venceu o Vasco por 1 a 0, neste sábado, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, pela 25.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória foi marcado pelo meia Baiano, no segundo tempo, num pênalti duvidoso. O time paulista, que vinha de derrota para o São Paulo, atingiu os 33 pontos, na 10.ª posição. O carioca acumulou a sua segunda derrota seguida, depois de ficar 14 jogos invicto. E com 30 pontos, ocupa a 14.ª colocação.
Esta vitória do Guarani foi a terceira em casa sobre equipes cariocas neste Brasileirão. Antes tinha batido Flamengo e Fluminense por 2 a 1, ambos de virada. E, no primeiro turno, já tinha vencido o Vasco, no Rio de Janeiro, também por 1 a 0.
O ritmo do primeiro tempo foi lento. O Guarani priorizou a marcação e deixou como opção ofensiva a velocidade de Mazola nos contragolpes. O Vasco tentou dominar o meio de campo na técnica e da habilidade de seus principais jogadores. Os lances mais importantes saíram no final. Aos 39 minutos, Mazola sofreu falta quase em cima da linha da grande área, quando Nilton recebeu apenas o cartão amarelo e poderia até ser expulso. Aos 44, o zagueiro vascaíno Titi apareceu no lado esquerdo da área e tentou por cobertura. A bola tocou no travessão e saiu.
No minuto seguinte, Jumar, que tinha entrado no lugar de Nilton, cometeu pênalti sobre Mazola, num lance em que o marcador foi claramente em cima do corpo do atacante. O árbitro paranaense Héber Roberto Lopes, mal colocado, não assinalou a penalidade, bastante reclamada pelo técnico Vágner Mancini. “Este lance não foi duvidoso. Foi claríssimo. Mais uma vez nós fomos prejudicados”, acusou.
O lance mais incrível ainda estava por acontecer. Aos 46 minutos, Reinaldo bateu cruzado e a bola tocou no travessão. Na volta, Mazola, sozinho, mandou em direção ao gol, mas o zagueiro Dedé, de carrinho, evitou o gol quase em cima da linha.
No segundo tempo, o Vasco voltou com Carlos Alberto, recuperando ritmo de jogo, no lugar de Rafael Coelho. E quase ele abriu o placar no primeiro minuto, num chute de esquerda espalmado por Douglas. O Guarani voltou mais na frente e ameaçou duas vezes com perigo. Aos 9, com Paulo Roberto aparecendo, de virada, na pequena área e Fernando Prass defendendo com os pés. E, aos 18, numa falta cobrada por Baiano, espalmada para escanteio.
Aos 33 minutos aconteceu a famosa “lei da compensação”. Após cruzamento pelo lado esquerdo, Dedé aliviou por baixa de Ricardo Xavier, que saltou e enfeitou a jogada. O árbitro marcou o pênalti. Do banco de reservas, o inconformado técnico Paulo César Gusmão, gritava: “Você compensou né, Héber?”. Na cobrança, o experiente Baiano esperou Fernando Prass arriscar o lado direito para chutar forte do outro lado. Depois disso, segurou o resultado.
Na próxima terça-feira, o Vasco abre a 26.ª rodada, em São Januário, às 21 horas, diante do Santos, que goleou o Cruzeiro por 4 a 1. O Guarani joga na quarta, às 19h30, em Presidente Prudente, contra o Prudente, que perdeu para o Atlético Goianiense e segura a lanterna da competição.
Ficha técnica
Guarani 1 x 0 Vasco
Guarani – Douglas; Rodrigo Heffner, Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Paulo Roberto, Apodi (Baiano) e Geovane (Fabiano); Mazola e Reinaldo (Ricardo Xavier). Técnico: Vágner Mancini.
Vasco – Fernando Prass; Fagner, Dedé, Titi e Max; Nilton (Jumar), Rafael Carioca, Felipe Bastos (Felipe) e Zé Roberto; Eder Luís e Rafael Coelho (Carlos Alberto). Técnico: PC Gusmão.
Gol – Baiano (pênalti), aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos – Nilton, Dedé e Zé Roberto (Vasco).
Árbitro – Héber Roberto Lopes (Fifa-PR).
Renda – R$ 69.984,00.
Público – 4.294 pagantes.
Local – Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP).