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Grupos políticos do Palmeiras se unem contra mudança do estatuto do clube

Grupos políticos de conselheiros do Palmeiras têm unido forças e mobilizado articulações para conseguir na próxima segunda-feira vitória na votação sobre possíveis alterações no estatuto do clube. O intuito desses dirigentes é barrar o plano liderado pelo atual presidente alviverde, Mauricio Galiotte, e da presidente da Crefisa, Leila Pereira, de colocar em vigor já na próxima gestão o mandato presidencial de três anos, em vez de dois, como é atualmente.

Entre os conselheiros que se opõem à adoção do mandato de três anos há duas correntes principais. Uma delas defende a adoção de um modelo que permite ao presidente continuar com dois anos de mandato, mas com a possibilidade de duas reeleições. A outra quer a manutenção do modelo atual e critica principalmente a realização de mudanças tão perto de um novo pleito no clube, previsto para novembro.

“O grande problema é que não houve um grande debate sobre a mudança. As lideranças de grupos políticos se uniram por não aceitar a forma como está sendo feito. O tema deveria ser melhor discutido”, disse o vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Faedo. “O principal de tudo é que quem ganhar a eleição do fim do ano não pode se beneficiar dessa reforma”, completou.

Grupos como o “Movimento Palmeiras Responsável” emitiram comunicado para se posicionar contra a mudança. O “Diretas Já SEP” foi outro a aderir. A mudança no estatuto só avançará se na segunda-feira mais da metade dos conselheiros aprovarem. Depois disso, a alteração precisa ainda ser referendada na assembleia dos sócios.

Nesta quinta-feira, para promover o apoio ao mandato de três anos, a empresária Leila Pereira organizou um jantar em São Paulo, encontro que o grupo contrário à proposta não prestigiou nem pretende tentar imitar. “Cada um usa seus recursos como pode, eu lamento. A gente prega pelas ideias, posicionamentos, argumentos concretos. Mas ainda temos que assistir esse tipo de forma de convencimento”, comentou Faedo.

Mesmo distante do evento, o grupo contrário à alteração monitora atentamente os bastidores. “O movimento trabalha 24 horas por dia, mobilizado sobre como atua quem é a favor da mudança, se tem algum conselheiro que pula de um lado para outro”, explicou.

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