O pensamento da atual diretoria do Paraná Clube vai além do biênio 2014-2015, período da segunda gestão do presidente Rubens Bohlen. A partir de uma profunda reforma administrativa, o clube se organiza para uma nova etapa, com maior dinamismo e a participação direta de uma nova geração de dirigentes. Mesmo ainda dependendo de uma aprovação para mudanças estatutárias, na prática o trabalho já está sendo desenvolvido sob essas novas diretrizes, onde o clube passa a ser comandado por um grupo gestor.
“O objetivo foi otimizar nossa administração. Faz parte do planejamento estratégico, que foi a base de minha eleição, já em 2011”, disse Rubens Bohlen. “Com esse novo modelo, teremos mais pessoas participando das decisões importantes dentro do clube”. O grupo gestor é composto por oito pessoas. Além dos eleitos Rubens Bohlen (presidente), Luiz Carlos Casagrande (1.º vice) e Aldo Coser (2.º vice), integram esse time Celso Bittencourt (vice de futebol), Giovani Linke (superintendente geral), Norberto Zaneti (superintendente financeiro) e mais dois conselheiros, Carlos Werner e Nivaldo Ramalho.
O novo modelo administrativo contempla ainda três unidades de negócios, que têm por meta serem autossustentáveis. O Paraná passa a ter comandos distintos e profissionalizados para o Futebol Profissional, Social e CFA (Centro de Formação de Atletas). “Inicialmente, trabalharíamos com duas unidades. Porém, estudos internos mostraram a necessidade de se dar também maior autonomia à base, na formação de novos atletas, buscando também uma transição menos traumática entre categorias de base e profissional”, comentou Bohlen.
Para o presidente, alguns exemplos recentes mostram que esse trabalho precisa ser revisto. “É comum você ver jogador subindo para o profissional, fica um tempo e depois por um motivo ou outro é devolvido à base. Não deve ser dessa maneira. A base não é um “depósito” de atletas”, comentou Bohlen. Para o presidente, este novo quadro administrativo não será implementado da noite para o dia. Num primeiro momento, caberá ao grupo gestor supervisionar cada detalhe e até ratear eventuais receitas que venham a surgir.
“No caso, por exemplo, de uma venda de um jogador do Profissional por R$ 10 milhões. Esse dinheiro vem para o grupo, que fará a divisão. Repassando percentuais ao CFA e ao Social. Assim, manteríamos o equilíbrio de todas as áreas”, disse o presidente paranista. Com essa nova política e agregando novos paranistas, Bohlen acredita que o clube terá a sua gestão “oxigenada”, criando uma nova geração de dirigentes. “Acho que foi um erro histórico do clube, não ter preparado, ao longo dos anos, novos dirigentes. Não nos preparamos para o amanhã e o planejamento estratégico exige isso”, arrematou Rubens Bohlen.