Manifestantes se reúnem na manhã de hoje (20) em Fortaleza para reivindicar direitos como saúde, educação e transportes, protestar contra os gastos com a Copa do Mundo e se solidarizar com outras manifestações que têm ocorrido em outros estados brasileiros nos últimos dias.

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A seleção brasileira joga nesta tarde na capital cearense contra a seleção do México e a expectativa é de que os jogadores também se manifestem e fiquem de costas para o campo no momento de tocar o hino nacional.

O protesto em Fortaleza é chamado + Pão – Circo e foi organizado, principalmente, via redes sociais. De acordo com a página do evento na rede Facebook, está confirmada a presença de 40 mil pessoas. De acordo com um dos organizadores da manifestação, o jornalista Livino Neto, 27 anos, não há como prever o quórum do protesto – que, além dos confirmados via internet, deve arregimentar mais pessoas ao longo do trajeto.

O grupo de manifestantes vai ficar concentrado até o meio-dia em um local próximo ao Estádio Castelão, destino final do protesto. Segundo a organização do + Pão – Circo, a mobilização deve ser pacífica.

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“Existe um gasto absurdo com a Copa do Mundo. Aqui no Ceará, só o Castelão custou R$ 500 milhões. Outro problema são as ameaças de remoção em função das obras para a competição. Em Fortaleza temos um déficit habitacional de pelo menos 70 mil unidades habitacionais. Dez mil famílias podem ser deslocadas por isso. Em vez de fazer [moradia] para quem não tem, você afasta ainda mais as pessoas”, explicou, sobre as principais motivações do protesto.

Outras reclamações do movimento são a falta de uma política voltada à região do semiárido, além da falta de transparência por parte dos governos em relação aos gastos com as obras para a Copa, o que, segundo ele, dificulta que se façam debates mais amplo em torno do tema.

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“A gente está em um momento muito especial no país como um todo, momento de resistência, em que as pessoas estão indo às ruas reivindicar o que é seu por direito. Acredito que, a partir daí, haja uma nova realidade de mobilização e de capacidade de organização para reivindicar direitos em um outro nível”, disse Neto.

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