Greve de operários do Mineirão está bem perto do fim

A greve dos operários que trabalham na reforma do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, para a Copa do Mundo de 2014 parece estar bem perto do fim. Depois de parte dos trabalhadores cruzarem os braços durante toda esta quarta-feira, a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo informou no final da noite que a empresa Minas Arena, responsável pela obra realizou no final da tarde uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região (STIC BH) e também com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop MG).

A Minas Arena apresentou aos trabalhadores uma contraproposta que incluía fornecimento de cesta básica, pagamento de participação nos lucros proporcional ao tempo de serviço na obra, abono do dia de paralisação para os que se ausentaram da jornada, apresentação de uma proposta de plano de saúde e, em cinco dias, de aumento de salário e horas extras. Na manhã desta quinta, em assembleia, os operários decidem se voltam ao trabalho.

Os operários reivindicam aumento salarial para pedreiros (de R$ 925 para R$ 1.250) e serventes de pedreiros (de R$ 605 para R$ 850). A pauta inclui também o pagamento de 100% das horas extras e cesta básica de 35 kg, além de participação nos lucros. As reclamações mais contundentes, contudo, eram em relação às condições de trabalho. Os operários relataram problemas com alimentação e ambiente.

De acordo com o presidente do sindicato, Osmir Venuto, dos 20 chuveiros instalados no canteiro, apenas três tinham água quente. “A comida é ruim e as condições de trabalho são péssimas. Está tudo inadequado”.

O novo estádio do Mineirão deverá ter capacidade para 64 mil torcedores a custo final de R$ 665,7 milhões. A entrega da obra está prevista para dezembro de 2012.

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