Uma greve de 70 mil funcionários da construção civil parou nesta quarta-feira as obras para a Copa do Mundo da África do Sul. Os trabalhadores pedem aumento de 13% em seus salários – os empregadores oferecem reajuste de 10,4%.

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O movimento dos trabalhados pode atrasar o planejamento de inauguração de pelo menos três estádios que receberão o Mundial – o Soccer City, em Johannesburgo, o Green Point, na Cidade do Cabo, e o Moses Mobhida, em Durban.

Obras de infraestrutura, como construção e reforma de rodovias, também foram afetadas. As construções precisam ficar prontas até domingo para atender às exigências da Fifa.

As associações de trabalhadores no país reclamam que há uma disparidade muito grande no salário dos funcionários. Segundo as entidades, há funcionários que recebem 5 dólares (cerca de 10 reais) por semana; o salário mínimo sul-africano é de 200 dólares mensais.

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“A situação é muito triste, porque as pessoas acham que os trabalhadores têm de sacrificar e ganhar pouco só porque há uma recessão. Só que a crise sempre afeta a nossa classe mais do que às outras”, disse Bhekani Ngcobo, um dos negociadores do movimento.

A greve deflagrada nesta quarta-feira não tem data prevista para terminar. Autoridades sul-africanas têm criticado os trabalhadores por tomarem uma atitude que ameaça a realização da Copa do Mundo no país.

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