O início dos treinos do Grêmio Maringá para a série C do campeonato brasileiro estava marcada para segunda-feira. Ninguém apareceu. Ontem, também não foram vistos nem jogadores, nem o técnico Hugo Mattos na sede do clube. “Só retorno, quando tivermos perspectiva de receber os salários atrasados e o mínimo de estrutura”, afirmou o treinador, de sua casa em Salvador, ao jornal O Diário do Norte do Paraná.
A bronca de Mattos foi comunicada pelo próprio ao presidente Aurélio Almeida, por telefone. O dirigente continua preso em Chapecó (SC) por estelionato. “O presidente está disposto a disputar a série C, nem que tenha de usar carona para transportar os jogadores. Mas eu preciso de uma mínima estrutura para trabalhar”, lamentou, como que se demitindo do clube.
A estrutura a que o treinador se refere passa pela contratação de preparador físico, de goleiros e massagista. Nos jogos finais da seletiva para a série C, em julho, o Grêmio não teve ninguém para essas funções.
Três jogadores que estavam no Grêmio há um mês já foram negociados. O lateral-esquerdo Souza, o meia Lulinha e o atacante Val Baiano tiveram seus direitos federativos negociados com o Iraty. No mesmo dia (31 de julho) em que Azulão o contratou, Val foi emprestado ao Santos.
A situação atual do Grêmio ainda não chegou à CBF. A tabela da série C dá como certa a presença do time, que tem estréia marcada para o dia 17 de setembro, em Irati, contra a equipe local.
