O Grêmio terá força total para começar a decidir a Libertadores contra o Boca Juniors, nesta quarta, às 21h45, em Buenos Aires. O meia Tcheco e os atacantes Tuta e Carlos Eduardo, recuperados de contusões, treinaram normalmente na capital argentina, e, assim, todos os jogadores do grupo estão à disposição do técnico Mano Menezes.

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Os três são considerados peças fundamentais no esquema de Mano, pela capacidade que têm de reter a bola no campo do adversário e de organizar os contra-ataques. Desta vez, o técnico não escondeu o time e nem a estratégia, como é seu costume. O Grêmio vai adiantar a marcação para retomar a bola ainda na intermediária, para evitar o risco de ser acuado e de ceder faltas perto de sua área, e apostará nos lançamentos de Tcheco, na velocidade e nos dribles de Carlos Eduardo e nas conclusões de Tuta e Diego Souza para fazer um gol.

Os dirigentes, o técnico e os jogadores têm repetido que a meta é "sair vivo" de Buenos Aires, assim como foi nos jogos fora do Olímpico contra o São Paulo, nas oitavas-de-final, e Defensor, nas quartas-de-final. Na prática, significa que os tricolores admitem até perder por um gol de diferença, placar que consideram reversível no segundo jogo, em Porto Alegre.

A força e a técnica dos jogadores do Boca Juniors preocupam os jogadores tanto quanto a pressão que terão de enfrentar, vinda das arquibancadas de La Bombonera. Por isso, os argentinos do time, o goleiro Saja e o zagueiro reserva Schiavi, que começou a carreira no próprio Boca, têm passado dicas aos demais jogadores especialmente a de não recuar diante de um adversário disposto a estabelecer uma grande vantagem no primeiro jogo.

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O meia Tcheco acredita que o clima de decisão criado pelo Boca não será tão superior ao que o Santos armou na Vila Belmiro, na semifinal. O Grêmio perdeu aquele jogo, mas estava sem o próprio Tcheco, Carlos Eduardo e Tuta para manter a bola no ataque durante o segundo tempo. E também aprendeu que recuar demais é perigoso para quem quer ser campeão. "Mística por mística somos mais a do Pelé", compara o camisa 10 gremista, referindo-se à pressão na Vila e na Bombonera.