Há cerca de 20 dias, o Grêmio de Maringá começou a montagem do time que marcará sua volta ao futebol. Para honrar os três títulos estaduais do GEM (1963/64/77), o polêmico Aurélio Almeida, presidente do clube, prometeu presença de Boca Juniors, da Argentina, e do penta campeão Cafu no Estádio Willie Davids. Hoje, no entanto, o Galo retorna aos campos de forma melancólica. Seu adversário é um clube amador e nenhum dos jogadores é profissional.
O time do Galo foi montado em uma peneirada, onde 250 jovens pagaram R$ 220 pela participação. Desses, 18 estão listados para enfrentar o Atlético de Marialva, município vizinho que comemora aniversário.
“O pagamento foi pelo material de treino, pois quem não for aprovado ganhará também uma camisa oficial. Está barato, só a camisa de jogo custa mais da metade desse valor”, contesta o presidente.
A partida será no Estádio Brasil, localizado em Marialva. Nesse estádio que o Grêmio, licenciado desde 71, voltava a representar Maringá, no Paranaense de 1975.
Apesar do retorno não ser nada saudosista com a história do futebol da cidade canção, Almeida mantém as promessas. A atração do Grêmio para o jogo é o treinador Müller, ex-jogador de São Paulo e Seleção Brasileira. Também é garoto propaganda.
“Se o Corinthians trouxe o Ronaldo, nós temos o jogador brasileiro que mais conquistou títulos”, diz Aurélio, ciente da possibilidade do ex-atacante deixar o clube em 2010 para disputar uma vaga como deputado pelo PC do B. Müller só não definiu em qual estado irá concorrer a uma vaga: São Paulo ou na Bahia.
Com o abre e fecha de times em Maringá, a torcida mostra sinais de receio. “Amamos o Grêmio, mas não dá pra ter expectativa, nem esperança. Só nos resta torcer para que o Aurélio Almeida não nos decepcione novamente”, alerta o funcionário público Carlos Cardoso, 26 anos.