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Grêmio aproveita a vantagem, segura o Cruzeiro e vai à final da Copa do Brasil

O Grêmio foi competente, soube se beneficiar da ampla vantagem conseguida no jogo de ida e garantiu vaga na decisão da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Em casa, controlou o ímpeto do Cruzeiro, segurou o empate por 0 a 0 e terá a chance de conquistar seu primeiro título nacional de elite desde 2001, quando faturou justamente este torneio.

Se foi confirmada nesta quarta, a vaga gremista foi encaminhada na semana passada, no Mineirão, com o triunfo por 2 a 0. Desta vez, o time de Renato Gaúcho foi menos perigoso, atuou de forma inteligente e segurou um Cruzeiro que tentou ser calmo, chegou a ter mais posse de bola durante boa parte do confronto, mas criou poucas chances.

Com a vaga, o Grêmio também pode se isolar como o maior campeão da Copa do Brasil em todos os tempos. Atualmente, possui quatro títulos (1989, 1994, 1997 e 2001), mesmo número do próprio Cruzeiro. Para alcançar este objetivo, no entanto, terá que derrotar na final o Atlético-MG, que eliminou nesta quarta o Internacional com o empate por 2 a 2 em casa – havia vencido por 2 a 1 no Beira-Rio.

O JOGO – Apesar da necessidade cruzeirense de vencer, foi o Grêmio que começou atacando, abusando das jogadas pelas laterais e encurralando o adversário. Curiosamente, o Cruzeiro fazia o papel que era esperado dos donos da casa: esperava na defesa e se arriscava nos contra-ataques.

Luan chegou a deixar Marcelo Oliveira em ótimas condições aos 16 minutos, mas o lateral isolou. Com o passar do tempo, no entanto, a pressão gremista diminuiu, o Cruzeiro cresceu e ganhou o campo de ataque.

Se não conseguia infiltrar na forte defesa gaúcha, o Cruzeiro chegou perto do gol duas vezes em chutes de fora. Aos 22, Ariel arriscou de muito longe. Mesmo sem força, a bola foi bem colocada, passou por Marcelo Grohe e explodiu no travessão. Cinco minutos depois, De Arrascaeta cobrou falta à beira da pequena área com muito perigo, raspando o travessão.

Os gritos de “calma” de Mano Menezes à beira do gramado pareciam influenciar os jogadores. O Cruzeiro era amplamente superior e, mesmo sem grandes chances, diminuiu o clima festivo que tomou conta da Arena no início da partida. No entanto, foi para o intervalo sem conseguir diminuir a vantagem adversária.

Se o primeiro tempo foi movimentado mas sem grandes oportunidades, o segundo começou de forma alucinante. Quem chegou primeiro foi o Cruzeiro. Robinho aproveitou um raro espaço dado pela defesa gremista para arrancar e encontrar Alisson pela esquerda. O cruzeirense cortou para a direita e exigiu boa defesa de Grohe.

Mas no lance seguinte, foi o Grêmio que quase abriu o placar. Pedro Rocha puxou contra-ataque, tocou para Luan e recebeu de volta na área. Com pouco espaço, colocou entre as pernas de Romero e só não marcou um golaço porque Rafael defendeu. Na cobrança de escanteio, Douglas bateu fechado e a bola tocou na trave.

Depois deste início intenso, o cenário voltou a ser o mesmo da primeira etapa. O Cruzeiro tinha a posse, mas pouco criava. Mano, então, levou a campo Rafael Sóbis e Ábila, que até tentaram algo diferente, mas logo a frustração tomou conta do lado mineiro e o Grêmio assumiu o controle. Sem grandes sustos, os donos da casa trocaram passes e administraram o resultado com inteligência até o apito final.

FICHA TÉCNICA:

GRÊMIO 0 X 0 CRUZEIRO

GRÊMIO – Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Douglas (Rafael Thyere), Ramiro (Jailson) e Pedro Rocha (Everton); Luan. Técnico: Renato Gaúcho.

CRUZEIRO – Rafael; Lucas Romero, Léo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral e Robinho (Ábila); De Arrascaeta (Rafael Sóbis), Alisson e Willian (Alex). Técnico: Mano Menezes.

ÁRBITRO – Thiago Duarte Peixoto (SP).

CARTÕES AMARELOS – Não houve.

RENDA – R$ 1.708.865,00.

PÚBLICO – 47.687 pagantes (52.363 presentes).

LOCAL – Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).

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