Grego é reeleito para o 3.º mandato

Rio de Janeiro – Em uma sessão tumultuada, os dirigentes do basquete nacional reelegeram em assembléia geral Gerasime Nicolas Bozikis, o Grego, para seu terceiro mandato à frente da confederação brasileira, até maio de 2009. Em cenas que pareceram ter sido escritas para um filme de comédia-pastelão, o presidente da CBB derrotou por 18 votos a nove seu oponente Hélio Barbosa.

A sessão começou com ânimos exaltados porque a eleição que deveria ter sido o último item da pauta, a pedido de 18 presidentes de federações estaduais, passou a ser o primeiro. Em seguida, novas manifestações de descontentamento já que o grupo de Barbosa queria uma votação secreta, procedimento rejeitado pela maioria em plenário.

Durante a votação, cada voto dado a Barbosa era geralmente precedido de um discurso contra as duas gestões de Grego, que até então permaneceu impassível às provocações. Do total de 27 federações estaduais, votaram a favor do candidato da oposição: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro.

Ao final da escolha, os oposicionistas ainda tentaram adiar a homologação do resultado pedindo 20 dias para analisar as contas referentes a 2004, atitude ridicularizada pelo bloco da situação.

Em seguida, o representante alagoano, Juarez Marsson, e Grego protagonizaram uma das cenas mais cômicas da eleição. Após duvidar da idoneidade dos membros do conselho fiscal e se referir ao presidente da CBB pelo apelido, Marsson foi obrigado a pronunciar o nome do dirigente reeleito.

?Meu nome não é Grego. É Gerasime Nicolas Bosikis. Exijo que o senhor o diga certo?, ordenou o presidente da CBB. ?Se o senhor puder repeti-lo para mim?, retrucou, desconcertado, Marsson, que com dificuldade balbuciou o nome corretamente.

No ato da proclamação do resultado final, até um terceiro candidato ressurgiu. O ex-técnico da seleção brasileira José Medalha, que semanas antes do pleito retirou a candidatura e declarou apoio a Barbosa, protestou por não ter tido seu nome lido. Apesar da desistência, ele não oficializou o ato na CBB, o que tornou sua exigência válida e passível de ser atendida: ?José Medalha: zero voto!?

Inconformado com a derrota, Barbosa passou a chamar de traidores os presidentes das federações de Amazonas, Acre e São Paulo. Frisou ter obtido previamente o apoio dos três, que não se confirmou durante a votação. ?Falei que votava nele de brincadeira. Até porque não votaria contra o Grego?, justificou o dirigente paulista Antônio Chakmati. O presidente reeleito pouco falou, mas prometeu não retaliar, boicotar ou perseguir a oposição. Hoje, ele concede uma entrevista coletiva.

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