Lisboa – Seria, talvez, o capítulo mais importante da biografia do brasileiro Luís Felipe Scolari, mas surgiu a Grécia no caminho e o título da Eurocopa saiu das mãos de Portugal. Os gregos fizeram por merecer a taça (entregue por Eusébio, maior ídolo do futebol português). Eles sabiam da superioridade dos donos da casa, sabiam da pressão, que o Estádio da Luz, em Lisboa, estaria lotado e por isso, recuados, esperaram apenas o melhor momento para fazer o único gol da partida.
O treinador Scolari entrou para a história ao ressuscitar a desacreditada seleção portuguesa, que há anos não se mostrava competitiva. Mas ele falhou. Confiou, por exemplo, na reabilitação do atacante Pauleta, que não vinha atuando bem na competição.
Os gregos, que não têm nada a ver com a trajetória de Felipão, se trancaram na defesa. Apesar de apresentar jogadas rápidas, bom posicionamento, a Grécia ganhou a final com a filosofia de destruir o ímpeto alheio e, nos contra-ataques, decidir a partida. O único gol surgiu na jogada mais previsível dos gregos, aos 11 minutos do segundo tempo, com Charisteas, de cabeça.
Ficha técnica:
Gol:
Portugal: Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira), Jorge Andrade, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Maniche, Costinha (Rui Costa) e Deco; Cristiano Ronaldo, Pauleta (Nuno Gomes) e Luis Figo. Técnico: Luís Felipe Scolari.
Grécia: Nikopolidis; Seitaridis, Kapsis, Dellas e Fyssas; Zagorakis, Katsouranis e Basinas; Charisteas, Giannakopoulos (Venetidis) e Vryzas (Papadopoulos). Técnico: Otto Rehhagel.
Público: 62.869 pagantes.
Local: Estádio da Luz, em Lisboa.