Porto – A Eurocopa vai terminar como começou. Um “gol de prata” do zagueiro Dellas, aos 15? do primeiro tempo da prorrogação, deu à Grécia a vitória por 1 a 0 sobre a República Checa ontem no Porto e classificou a equipe para decidir o título no domingo contra Portugal, de quem ganhou por 2 a 1 na abertura da competição. Qualquer que seja o vencedor, será um campeão inédito.
“O conto de fadas continua, é inacreditável o que os jogadores fizeram. Conseguimos um milagre”, afirmou, emocionado o técnico Otto Rehhagel.
Ele sabe que os portugueses entrarão em campo querendo revanche da derrota na primeira fase e já começou o trabalho psicológico para que seus jogadores não entrem em campo, pressionados no domingo. “Nós já somos os grandes vencedores desta Eurocopa. Portugal é o favorito e nós somos a zebra.” Ele não poderá escalar o meia Karagounis, suspenso. Os jogadores pareciam não acreditar no que tinham acabado de fazer. “Espero que Deus ajude meu filho a um dia viver um momento como este que estou vivendo. Vivemos um sonho e não queremos acordar”, afirmou Giannakopoulos. O gol que colocou os gregos na final foi no último lance do jogo. Tsartas cobrou escanteio da direita e o zagueiro Dellas cabeceou, na primeira trave. “Quando a bola saiu pela linha de fundo, olho para o relógio e vi que marcava 14 minutos e 36 segundos. Então disse para mim mesmo: ?Tem que ser agora?. Acho que alguém lá em cima me ouviu”, disse.
Pela regra do “gol de prata”, a prorrogação não termina imediatamente quando sai um gol. Se um time marca no primeiro tempo e outro empata, é disputado o segundo tempo. Mas o “gol de prata” de Dellas foi um autêntico “gol de ouro”, porque o árbitro italiano Pierluigi Collina encerrou a partida antes que os checos dessem a saída.
Ficha técnica
Gol: Dellas, aos 15? do 1.º tempo da prorrogação. Grécia: Nikopolidis; Seitaridis, Kapsis, Dellas e Fyssas; Zagorakis, Katsouranis, Basinas (Giannakopoulos) e Vryzas (Tsartas); Karagounis e Charisteas. Técnico: Otto Rehhagel. Rep. Checa: Cech; Grygera, Bolf, Ujfalusi e Jankulovski; Galasek, Rosicky, Poborsky e Nedved (Smicer); Baros e Koller. Técnico: Karel Brueckner.
