Rio – Crise financeira, má gestão administrativa, contratações ruins e carência de bons jogadores revelados nas divisões de base. Essas são algumas das razões para o mau desempenho dos grandes clubes cariocas nos últimos anos. Mas, se antes o efeito desses problemas se restringiam ao desempenho em competições nacionais, agora, os vexames têm se repetido também no campeonato carioca.
Afinal, pelo segundo ano consecutivo, a Taça Guanabara, o primeiro turno do campeonato carioca, terá três equipes de menor expressão como finalistas – América, Americano e Cabofriense. E somente um grande, o Botafogo, ainda segue na disputa.
No ano passado, a Taça Guanabara foi conquistada pelo Volta Redonda, numa final contra o Americano, também participaram das semifinais o Botafogo e a Cabofriense.
Assim, Flamengo, Fluminense e Vasco foram novamente eliminados precocemente da disputa e passaram a inovar na desculpa para o vexame: o pouco tempo de preparação para a temporada.
O Flamengo foi o time que mais ousou e, ciente de que o time, com muitas mudanças em relação a 2005, não teria uma boa atuação no primeiro turno, optou por escalar uma equipe de reservas, que realizou dois jogos e foi derrotada em ambos.
O pior é que quando os titulares estrearam, o Flamengo também só colecionou fracassos: dois empates, com Portuguesa e Fluminense.
Já no Fluminense, o problema não foi a falta de tempo para treinamentos, mas o excesso de contratações que impediram o técnico Ivo Worttman de armar a equipe. Foram mais de dez, ao longo da disputa da Taça Guanabara, o que obrigou o treinador a armar o time no transcorrer da competição.
Carente de um bom elenco, o Vasco refletiu em campo as carências técnicas de seus jogadores e deu sinais de que o último ano vitorioso do clube – em 2000, quando foi campeão brasileiro -, está longe de se repetir.
