Grande Prêmio do Brasil terá chuva, diz meteorologia

São Paulo – Mais um GP do Brasil com chuva. É o que prevê a meteorologia para a corrida que amanhã pode decidir o título mundial de Fórmula 1 de 2005. Se os prognósticos se confirmarem, será a terceira vez seguida que uma prova em Interlagos acontece com pista molhada. Em 2003, a drenagem deficiente do circuito tirou cinco carros da corrida no mesmo lugar, a entrada da curva do Sol. No ano passado, o GP começou com pista molhada por causa de uma chuva rápida que caiu pouco antes da largada, arruinando as chances de vitória de Rubens Barrichello, que estava na pole.

O brasileiro se deu mal porque choveu e parou, e o asfalto ficou apenas úmido, a pior situação possível para os pneus Bridgestone da Ferrari. Mas, ao que parece, amanhã vai ser diferente. E com pista molhada de verdade, as chances de Rubens conseguir um bom resultado aumentam bastante. Assim como para seu companheiro Michael Schumacher. Ambos são pilotos bons de água.

Quem não quer chuva é Fernando Alonso, que se subir ao pódio leva, além de um troféu brasileiro, a taça de campeão do mundo. ?Eu prefiro correr no seco, as chances de surpresas são menores?, disse o espanhol da Renault. Em 2003, ele ficou em terceiro em Interlagos, mas nem foi ao pódio. A corrida foi interrompida por um acidente que teve seu envolvimento. Como o resultado válido foi o de duas voltas antes da interrupção, ele ficou com a posição e só foi saber disso no hospital.

Na abertura dos treinos livres, ontem, a McLaren confirmou seu favoritismo em condições normais e fechou o dia com o melhor tempo, 1min11s701, de Alexander Wurz, no treino da manhã. Os pilotos, em geral, disseram que a pista estava ainda bastante suja e deve melhorar hoje. As ondulações de Interlagos não foram alvo de muita reclamação. Todo mundo já se acostumou, e o ponto mais crítico, no Laranjinha, foi recapeado.

Os carros voltam à pista hoje para mais dois treinos livres a partir das 9h. Às 13h começa a sessão de classificação que vai definir o grid. O primeiro a ir para a pista será Giancarlo Fisichella, o primeiro a abandonar em Spa. O último a fazer volta lançada será Kimi Raikkonen, vencedor na Bélgica e único que ainda pode tirar o título de Alonso.

Antônio Pizzonia ganha chance inesperada para ficar

São Paulo – Antônio Pizzonia ganhou uma chance de virar titular da Williams. E ela não tem nenhuma relação com o que ele for capaz de fazer na corrida de amanhã. É que sua equipe está tentando empurrar Nico Rosberg, seu piloto de testes, para a Minardi no ano que vem. A idéia é dar alguma experiência ao menino num time pequeno por uma temporada. A Minardi foi comprada pela Red Bull e é com a empresa de bebidas energéticas que a Williams negocia.

Nico era um candidato natural à titularidade em 2006. Mas se vingar o empréstimo, a vaga pode cair no colo do amazonense. O filho de Keke Rosberg corre na GP2 e lidera o campeonato. Sua presença nas últimas duas corridas do ano, em Suzuka e Xangai, tem sido alardeada pela imprensa européia. Pizzonia acha que as coisas não estão definidas. ?Como tem acontecido nos últimos tempos, essa corrida de Interlagos é a mais importante da minha vida?, falou, de olho no futuro.

Pizzonia foi oitavo no primeiro treino livre ontem e 13.º no segundo. ?A gente não tem chance de vitória, e tem muita coisa para melhorar no carro?, disse. A Williams ?defende o título? em Interlagos. Afinal, venceu na pista paulistana no ano passado, com Montoya.

Felipe Massa e Rubens Barrichello terminaram o dia mais animados. Depois de ficar nos boxes todo o primeiro treino, com problemas de câmbio, o piloto da Sauber terminou a segunda sessão em quarto. Rubens foi 13.º de manhã e quinto de tarde. ?As coisas estão bem melhores do que a gente imaginava?, falou o ferrarista.

No ano passado, ambos fizeram um bom papel em Interlagos. Massa largou em quarto, liderou as duas únicas voltas de sua vida e terminou em oitavo. Barrichello fez a pole e terminou em terceiro, pontuando em casa pela primeira vez desde 1994.

Batida e rodada

Foi dos mais tranqüilos, na pista, o primeiro dia de treinos livres em Interlagos. Incidentes, apenas dois. Michael Schumacher rodou na primeira sessão no Laranjinha, sem bater em nada. Deu um ?360? e continuou na pista. No segundo treino, Christian Klien bateu no Bico de Pato, arrebentando a traseira de seu carro.

Pilotos de testes são destaques no primeiro dia

São Paulo – O primeiro dia de treinos para o GP do Brasil de Fórmula 1, ontem, em Interlagos, mostrou mais uma vez a força e a vontade dos pilotos de testes. O mais rápido foi o austríaco Alexander Wurz, da McLaren, nas duas tomadas de tempo. E Ricardo Zonta acelerou mais do que os demais brasileiros. Já na disputa pelo título da categoria, o líder Fernando Alonso foi mais rápido do que Kimi Raikkonen.

Mas o que vale mesmo é a tomada oficial de hoje, a partir das 13h – com transmissão ao vivo da Globo -, quando será definido o grid de largada. A corrida que pode decidir o título da temporada 2005 da Fórmula 1, no domingo, começa às 14h.

Outra novidade importante ontem, em Interlagos: enquanto comiam um bife na chapa, em um pequeno escritório do autódromo, o prefeito José Serra e Bernie Ecclestone fecharam o acordo. E o contrato do GP do Brasil foi renovado até 2009, mantendo a prova em São Paulo.

Alexander Wurz marcou ontem o melhor tempo em 1m11s701 (média de 216,348 km/h). No ano passado, Rubens Barrichello fez a pole com 1m10s646. A expectativa é que a marca do brasileiro seja superada hoje à tarde, na definição do grid.

A marca de Fernando Alonso (1m12s782), a terceira melhor no treino da manhã, agradou muito aos técnicos da Renault. A equipe estreou um novo pacote aerodinâmico, cujo objetivo principal – junto com uma nova versão do motor D-Spec -é conseguir mais velocidade final na reta e se igualar à McLaren, que continua muito veloz, como demonstrou Wurz. E o resultado foi positivo.

Completam o grupo dos pilotos de testes em Interlagos, com atuação inexpressiva, o dinamarquês Nicolas Kiesa, da Jordan e o italiano Vitantonio Liuzzi, da Red Bull.

Por baixo

Enquanto não muda para a Ferrari, na próxima temporada da Fórmula 1, Felipe Massa convive com a dura realidade da Sauber. Nesta sexta-feira, depois do primeiro treino livre para o GP do Brasil, em Interlagos, o piloto brasileiro admitiu que não tem grande expectativa para a corrida.

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