São Paulo – Na agenda, a reunião de hoje do Clube dos 13 é corriqueira. Porém, uma questão especial promete colocar pimenta na conversa entre a cartolagem brasileira: o critério de divisão da receita relativa à venda dos direitos do campeonato brasileiro para outros países. O impasse pode causar até um racha entre os integrantes.
De um lado, como ocorre nos últimos meses, estão Corinthians e Flamengo, donos das duas maiores torcidas do País. A poderosa dupla defende que o dinheiro seja dividido proporcionalmente à exposição do clube. Em outras palavras, quem aparecer mais, recebe mais. A idéia é abolir a divisão das equipes por grupos com cotas distintas, como acontece atualmente no nacional. Aliás, tal critério é defendido também quando o assunto é a venda de pay-per-view do campeonato.
A proposta é contestada pelos demais integrantes do C-13. Até mesmo alguns dirigentes a analisam com ressalvas. “Não dá para dizer que a proporcionalidade não seja justa. Acontece que nós precisamos lembrar que existem outros clubes disputando as competições e que precisam de receita tanto quanto Corinthians e Flamengo”, afirmou o diretor-executivo da entidade, Mauro Holzmann. “O que estamos fazendo é estudar com cuidado alternativas para não deixar acontecer no Brasil o mesmo que ocorreu na Itália, onde o dinheiro da TV fica nas mãos de apenas três equipes.”