O tempo mudou em Ulsan. Pela primeira vez desde que deixou o Brasil para iniciar a fase de preparação para a disputa da Copa do Mundo da Coréia e do Japão, a seleção brasileira treina sob chuva. E o clima diferente, por incrível que pareça, ajudou jogadores e integrantes da comissão técnica a terem uma pequena recordação do Brasil. A névoa que pairou sobre o campo de treinamento do Ulsan College, o Mipo Field, lembrou a paisagem da Granja Comary, em Teresópolis, tradicional reduto da seleção brasileira.
Mas o que era motivo de contemplação para uns, preocupava outros. Como muitos atletas, sobretudo os que atuam na Europa, vêm de temporada desgastante, o risco de ocorrerem problemas musculares é maior. Por isso, treinar com o gramado molhado e mais pesado requer cuidados especiais. ?Procuramos sempre realizar o mesmo trabalho. Mas como há a chance maior de um escorregão, que pode resultar em um estiramento, ficamos com um pouco de receio?, afirmou o volante Gilberto Silva.
E a preocupação é justificável. Como senão bastasse a simples preservação, a seleção brasileira, classificada por antecipação para a segunda fase, vai encerrar sua participação na primeira etapa do Mundial na quinta-feira, contra a Costa Rica. ?É importante que iniciemos a próxima fase, que é eliminatória, com todo o grupo inteiro, sem problemas de contusão?, disse o também volante Vampeta. ?Mas que esse lugar ficou mesmo parecido com o campo de Teresópolis, isso ficou.?
Já para o médico da seleção, Rodrigo Lasmatr, a mudança no clima não deve mudar a programação de treinamentos. ?Isso não afeta em absolutamente nada a rotina de atividades que já está definida. Vamos continuar trabalhando da mesma maneira faça sol ou chuva?, garantiu.