Motivo de preocupação da Fifa e alvo de críticas até do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, o gramado do estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi aprovado na visita realizada nesta segunda-feira pelo secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. A arena mais cara da Copa, com custo superior a R$ 1,4 bilhão, recebeu diversos elogios do dirigente da Fifa, que a descreve como uma de suas preferidas.
“É bonito, excelente, não apenas por dentro, mas também por fora”, disse Valcke. “Está até melhor que muitos estádios europeus”, complementou o francês, principal interlocutor entre a Fifa os organizadores brasileiros do Mundial.
O gramado do Mané Garrincha foi atacado por Felipão na abertura da Copa das Confederações, em junho do ano passado. O treinador chegou a dizer que o gramado do campo dos Corpos de Bombeiros na capital federal, onde a seleção se preparou naquela ocasião, estava melhor do que o da arena.
Os problemas se repetiram em jogos do Campeonato Brasileiro, nos quais era visível a aplicação de grande quantidade de areia. Em setembro, um jogo previsto para o Mané Garrincha foi adiado para evitar que os problemas se repetissem na partida entre Brasil e Austrália.
Em janeiro deste ano, uma equipe técnica da Fifa visitou a arena e recomendou “descanso” para o gramado. Desde então, só foi realizado um jogo, no sábado passado, entre Brasiliense e Gama. Para Valcke, a medida tem sido suficiente e as duas outras partidas que ocorrerão, a semifinal e a final do campeonato local, não prejudicaram a qualidade. Para ele, haverá “excelentes condições” de gramado na Copa. Brasília receberá sete jogos no evento.
O gramado do Mané Garrincha foi cultivado no interior de Sergipe e só foi colocado no Mané Garrincha no fim de abril de 2013. Com as críticas recebidas na Copa das Confederações e nos jogos sediados pelo Campeonato Brasileiro cogitou-se a troca para a Copa do Mundo, mas com a redução do número de jogos atingiu-se agora o padrão esperado pela Fifa.