Um filme está se repetindo na Vila Capanema. Muito criticado por jogadores e comissão técnica durante os últimos anos, o gramado do estádio Durival Britto inicia 2015 com novos problemas. Desta vez, uma proliferação de lagartas infestou o campo e impedirá que a equipe comandada pelo técnico Luciano Gusso conte com o piso em plenas condições na estreia no Campeonato Paranaense, dia 31 de janeiro, contra o Prudentópolis.

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“Até a estreia (o gramado) não estará 100%, mas já estará em melhores condições”, promete Osmar Nechi, engenheiro agrônomo da empresa Grasstecno, responsável pela manutenção do gramado. “Houve uma infestação de lagartas. Foi feito um controle no último sábado e em questão de 15 a 20 dias teremos melhoras. Essa ocorrência é normal, todo ano acontece”, justifica Nechi. A origem da lagarta, explica o engenheiro agrônomo, é o pólen do milho. Como o milho está se formando na lavoura agora, o vento espalha o pólen nos gramados, que atrai a lagarta.

A situação é confirmada pelo vice-presidente de futebol do clube, Luiz Carlos Casagrande. “Fui hoje (ontem) à tarde ao estádio e já está bem adiantado o trabalho, apesar de ter muita lagarta. É impressionante o alto número de lagartas por metro quadrado”, afirma o dirigente que, no entanto, não acredita que o problema irá prejudicar o Tricolor na largada do Estadual. “Já estamos realizando o tratamento com ureia para adubar o local. O gramado amarelou muito”, complementa Casagrande.

Para preservar o gramado, desde o ano passado o Tricolor não treina na Vila Capanema. A equipe está treinando na Vila Olímpica do Boqueirão e prepara a mudança definitiva para o CT Racco, no Caiuá, onde já treinou no fim do ano passado.

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Problemas a rodo nos últimos anos

O histórico recente é de muitos problemas no gramado da Vila Capanema. Piso duro, irregular, grama falha, buracos, pragas e falta de dinheiro para cuidar do tapete verde atrapalharam a vida do Paraná Clube – e transformaram um dos melhores gramados do país em um “campo minado”.

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Faltou grana

Em 2010, o Paraná tinha dificuldade para trocar o gramado gasto da Vila por falta de verba. A precariedade do piso era tão grande que chegou a afetar o rendimento do clube na Série B.

Barbeiragem

Em 2013, o gramado da Vila ficou completamente queimado após a aplicação de um herbicida errado pela equipe de manutenção. A maior parte do campo teve de ser trocada, o que gerou indignação do então técnico Toninho Cecílio. “Dos gramados que vi no Paranaense, esse é o pior”, atacou o treinador sobre o campo de sua própria equipe. O péssimo estado do campo forçou Paraná e Atlético a jogarem na Vila Olímpica.

De novo

Em 2014, o discurso sobre a falta de qualidade do piso do Durival Britto se repetiu. À época utilizado pelo Atlético e pelo Paraná, o piso foi criticado pelos paranistas. “O pessoal não molha o campo. Esperar pela natureza fica difícil”, disparou o atacante Giancarlo. À época, o vice-presidente de futebol Luiz Carlos Casagrande culpou a falta de chuvas pela precariedade.

Reforma

Ainda em 2014, durante a parada da Copa do Mundo, o Paraná precisou fazer nova reforma no gramado, após críticas dos jogadores e da comissão técnica. “Tirando o campo do Oeste, o nosso era o pior da Série B”, resumiu Lúcio Flávio.