A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) acusou nesta terça-feira a Associação Olímpica Britânica (BOA) de ter “perdido muito tempo e dinheiro” em sua tentativa fracassada de manter o banimento olímpico de atletas que deram positivo em exames antidoping.
Diretor-geral da Wada, David Howman disse nesta terça que a BOA deveria ter desistido do caso há muitos e que sua postura estava fora de sintonia com o resto do mundo. A BOA levou o caso para a Corte Arbitral do Esporte (CAS), que definiu na segunda-feira que a legislação britânica era inválida por ser uma nova sanção e não cumprir o código mundial da Wada. “No final, eles perderam muito tempo e um monte de dinheiro e obtiveram o resultado inevitável”, disse Howman.
A decisão da CAS abriu caminho para que o velocista britânico Dwain Chambers e o ciclista David Millar, que cumpriram suspensões de dois anos, possam participar da Olimpíada de Londres. “Tanto o COI quanto a BOA foram signatários originais da legislação da Wada”, disse Howman. “Eles têm que cumprir. Tudo se resume a algo tão simples como isso”.
A decisão da CAS ficou em linha com o veredicto de outubro, quando rejeitou uma regra do COI que proibia a participação na Olimpíada de atletas suspensos por mais de seis meses por doping. Em ambas as decisões, a CAS disse que as proibições olímpicas representavam uma segunda sanção e violava o código da Wada.
