O governo do Paraná vai apertar o cerco ao Atlético e quer acompanhar de perto todo o processo de readequação e reforma da Arena da Baixada para a Copa 2014. Para isso, anunciou ontem uma série de medidas de transparência, entre elas a contratação de uma empresa independente para auditar a execução das obras no estádio. O governo vai abrir um edital para a escolha da empresa.
A auditoria independente é também uma exigência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que está analisando um pedido de financiamento de R$ 138,4 milhões, o qual, se aprovado, o governo repassará à CAP S/A, empresa criada pelo clube para gerenciar as obras. O repasse será feito pela Agência de Fomento do Paraná para ser quitado em 15 anos, com juros a 1,9% ao ano – mesmo prazo e taxa de juros que o governo tem para pagar o empréstimo junto ao BNDES.
Além disso, o governador Beto Richa também criou uma comissão fiscalizadora para garantir a transparência da aplicação dos recursos pela CAP S/A. O governador quer a abertura pública de todo o processo. “Vamos agir com rigor e austeridade na aplicação dos recursos e promover um evento de qualidade, que terá impactos positivos no aspecto econômico e social”, afirmou.
Foram convocados, para fazer parte da comissão, o secretário de Administração e Previdência, Jorge Sebastião de Bem, que será o coordenador do grupo, e os representantes da Agência de Fomento, Jeferson Renato Zaneti e Kedny Bostekmann.
A intenção do governo é cumprir também a lei de transparência criada recentemente pelo governo federal. Como o Atlético tem uma parceria assinada com a Prefeitura de Curitiba e o governo estadual, com recebimento de títulos de potencial construtivo e empréstimo na Agência de Fomento, os governantes têm obrigação mostrar cada passo das obras no estádio, apesar de o clube ser uma instituição privada e se manter reticente em fornecer informações sobre a obra.
