Governo do Estado, Prefeitura de Curitiba e CAP S/A – sociedade de propósito específico para gerir as obras da Arena da Baixada – assinaram uma nota em conjunto e garantiram que não medirão esforços para que o estádio atleticano seja concluído a tempo para receber as quatro partidas programadas da Copa do Mundo. Foi informado ainda que o governo estadual protocolou ontem, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um novo pedido de financiamento no valor de R$ 250 milhões, que servirá, entre outros projetos, para emprestar novos recursos para o Atlético concluir a Arena a tempo do Mundial.
O valor solicitado junto à instituição financeira servirá para capitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que é gerenciado pela Fomento Paraná. O banco estadual, assim que receber os recursos desta nova linha de crédito que será liberada pelo BNDES, fará mais um contrato de empréstimo com a CAP S/A com o valor a ser definido – possivelmente R$ 65 milhões -, desde que o clube dê as devidas garantias para receber o montante, que garantirá o fluxo financeiro necessário para a conclusão do Joaquim Américo.
O valor que o Atlético solicitará junto à Fomento Paraná será conhecido nos próximos dias, quando o orçamento final da obra deverá ser revelado. Amanhã, a Price Waterhouse se reunirá com técnicos da instituição financeira estadual e com membros do comitê gestor criado para gerir as obras no final de janeiro, para dar seu parecer sobre o valor final da reforma do estádio protocolado pela CAP S/A de R$ 319 milhões. Entretanto, depois disso, a quantia de R$ 330 milhões passou a ser especulada entre membros do comitê gestor e do Atlético.
Entretanto, neste novo orçamento está uma quantia adicional que não constava nos documentos anteriores. A CAP S/A adicionou R$ 28 milhões cobrando o gerenciamento que fez nas obras de remodelação da Arena. Porém, o valor adicional deverá ser cortado do orçamento final ou ser descontado do quarto contrato de empréstimo que o clube fará com a Fomento Paraná, já que a auto-gestão foi uma solução acordada para baratear o custo final das obras.
A nota “tripartite” divulgada pelos poderes estadual e municipal e pela CAP S/A já faz parte da estratégia para convencer a comitiva da Fifa que voltará a visitar o canteiro de obras da Arena da Baixada na próxima terça-feira, pouco mais de três semanas depois do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, dar o ultimato aos organizadores do evento no Estado cobrando maior agilidade no canteiro de obras do estádio e ameaçando Curitiba de sair da rota do Mundial.