O governo federal tem negociado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a retomada das partidas de futebol durante a pandemia do novo coronavírus.
Em entrevista à imprensa, o secretário especial de Produtividade e Emprego, Carlos da Costa, disse que a equipe econômica iniciou tratativas com os clubes.
Segundo ele, a ideia é que, inicialmente, elas ocorram sem a presença de público e com a adoção de protocolos de segurança para atletas, árbitros e jornalistas.
“Nós já estamos pensando e conversando com os clubes de futebol em retomar as atividades. Essa retomada, obviamente, com portões fechados, porque a nossa preocupação principal é com a saúde”, disse. “A CBF está em contato com clubes e em contato conosco”, acrescentou.
O secretário disse que ainda não foi estipulada uma data para a retomada das partidas. “Ainda não existe uma data especifica, mas acho que o futebol é relativamente mais simples.Tem que ser planejado e preservando a saúde, sempre em primeiro lugar, com protocolos adequados”, afirmou.
De acordo com ele, o que está em avaliação neste momento é o “timing” certo para a retomada, de modo a não colocar em risco os atletas e demais envolvidos.
“A ideia não é fazer um grande evento esportivo, porque os portões estarão fechados. É um evento relativamente com poucas pessoas. Não será aberto para a população, apenas atletas e relacionados”, afirmou.
Segundo assessores palacianos, o presidente Jair Bolsonaro tem defendido que as partidas já voltem a ocorrer a partir de maio, mas tem havido resistência por parte de dirigentes dos clubes.
A defesa deles é para que se espere pelo menos o pico dos casos da doença, cuja previsão é de que ocorra justamente no mês que vem.
Para sobreviver ao período da pandemia, a CNC (Comissao Nacional dos Clubes) quer que as parcelas do Profut sejam congeladas por 12 meses e que as novas dívidas contraídas com a máquina pública também sejam incluídas no parcelamento.
A justificativa da entidade, que reúne equipes das quatro divisões nacionais do futebol brasileiro, é que isso amenizaria os impactos financeiros que as agremiações terão com a paralisação do esporte na pandemia.