Construído para receber 18 mil espectadores, o chamado Estádio Aquático Olímpico será dividido obrigatoriamente em três após a Olimpíada. Nesta segunda-feira, o Ministério do Esporte abriu chamada pública procurando entidades interessadas em receber essas estruturas, que serão desmontadas e levadas para outros locais. Desmontagem, transporte e reconstrução têm que ser bancados pelos candidatos.

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Pelo que consta no edital, a Prefeitura do Rio vai doar o estádio, construído em caráter provisório no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. A entidade (que pode ser prefeitura ou governo estadual) deve tomar as providências para “o reaproveitamento predominantemente esportivo do material”.

Até um mês atrás, a prefeitura divulgava que o centro aquático seria dividido ao meio, com cada interessado recebendo arquibancadas para 9 mil pessoas e uma piscina, uma vez que, no Rio, a instalação olímpica contará com uma piscina de competição e uma de aquecimento, idênticas.

O edital, entretanto, faz uma divisão diferente. Um dos pacotes conta com “galpão, cobertura metálica e arquibancadas modulares para 18 mil pessoas”. Cada um dos outros dois pacotes têm uma piscina e toda a estrutura relacionada: filtros, tubulações, blocos de partidas, sistema de aquecimento, etc. Cada pacote precisa ir para uma cidade diferente, obrigando que as arquibancadas e a piscina do Estádio Olímpico sigam juntas.

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Assim, fica descartada a ideia inicial de, após os Jogos, o País ter dois centros aquáticos com capacidade para 9 mil pessoas cada um, até porque os principais eventos do País, como o Troféu Maria Lenk, não atraem nem mil torcedores em cidades grandes como São Paulo e Rio. Seriam dois elefantes brancos.

Pela proposta do edital, quem levar as piscinas, de altíssimo padrão, ficará responsável por construir a estrutura externa, de arquibancada, do tamanho que desejar. Por outro lado, quem ficar com a arquibancada para 18 mil pessoas, acompanhada de cobertura, poderá utilizá-la como ginásio, substituindo a piscina por uma quadra.

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Só podem participar do chamamento cidades de regiões metropolitanas (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio, BH, São Paulo, Campinas, Santos, Curitiba, Porto Alegre e Brasília), municípios com mais de 70 mil habitantes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e com mais de 100 mil habitantes no Sul e Sudeste. O galpão/ginásio precisará ficar em uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes.