Governo do Togo vai lutar contra suspensão de seleção

O governo do Togo anunciou que irá lutar contra a punição aplicada à seleção de futebol do seu país, que foi suspensa das duas próximas edições da Copa Africana das Nações por ter desistido de disputar a competição, encerrada no último domingo e conquistada pelo Egito após vitória sobre Gana na decisão, em Angola.

A seleção togolesa resolveu abandonar o torneio por causa do atentado que o ônibus que transportava a delegação do país sofreu na província angola de Cabinda, dois dias antes do início da competição. O ataque matou dois integrantes da delegação de Togo. Revoltadas com o ocorrido, as autoridades do país africano ordenaram o retorno dos jogadores, traumatizados com o ocorrido.

O porta-voz do governo togolês, Pascal Bodjona, descreveu a suspensão imposta pela Confederação Africana de Futebol (CAF) como um “insulto” no último domingo, mas ele não soube especificar qual será a ação que o governo do país irá tomar contra a punição.

Ao saber da punição, o capitão da seleção de Togo, Emanuel Adebayor, pediu pela renúncia do presidente da CAF, Issa Hayatou. “Ele já fez muito pela África, mas agora deve ir. Esta decisão é monstruosa”, ressaltou Adebayor.

Além de suspender Togo das duas próximas Copas Africanas, a CAF anunciou uma multa de US$ 50 mil à Federação Togolesa de Futebol por causa da interferência política no esporte, já que o governo solicitou o abandono da seleção da competição.

“Eles (dirigentes da CAF) estão rindo da cara de todo mundo”, disse Adebayor. “[Faure Gnassingbé, presidente de Togo] nos enviou para defender as cores da nossa nação. Ele considerou que a ameaça à nossa equipe não estava encerrada e nos chamou de volta ao país. Somos apenas embaixadores. Tivemos que voltar”, justificou.

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