Governo do RS investiga tumulto no Beira-Rio

Porto Alegre – O governo do Rio Grande do Sul já começou a tomar providências para descobrir causas e culpados da confusão ocorrida domingo no Beira-Rio, após o jogo entre Internacional x Fluminense. O major Nelson Alexandre Minuzzi, comandante da operação, foi afastado ontem pelo governador em exercício, Antônio Hohlfeldt.

No final do jogo, um conflito entre a torcida do Inter e a Brigada Militar deixou um saldo de 28 feridos.

Durante o tumulto, soldados da Brigada lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra os torcedores. O caso mais grave foi o do torcedor Diego Muratori, 19 anos, que estava muito próximo de onde explodiu uma bomba jogada por um soldado e teve a mão esquerda queimada. Os outros tiveram escoriações leves e foram liberados.

A 20.ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre abriu inquérito para apurar se houve abuso de poder e o comandante-geral da Brigada, o coronel Airton Carlos da Costa, confirmou a instalação de investigação interna. O MP Estadual vai requisitar as fitas do jogo e também deve apurar o caso.

Fernando Carvalho, presidente do Inter, disse que o clube vai abrir sindicância para investigar as ações de sua torcida organizada, que teria iniciado o conflito com os policiais.

Otávio Rojas, vice-presidente de marketing do Inter, fez duras críticas à Brigada. Segundo ele, policiais quebraram hastes de 290 bandeiras que estavam com crianças, alegando que eram armas em potencial. ?É a mesma bandeira que entra há cinco anos nos jogos no Beira-Rio. Agora descobriram que é uma arma?, disse.

Ontem, o governador em exercício visitou o Beira-Rio e disse que vai ao estádio amanhã, quando o Inter pega o São Paulo, para provar a segurança do local.

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