O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, enviou nesta sexta-feira uma carta ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, em que cobra uma posição da entidade sobre o processo de escolha da sede da abertura da Copa de 2014. Brasília luta para ser o palco do jogo inaugural da competição, mas o Comitê Organizador Local confirmou na última segunda que o novo estádio do Corinthians, a ser construído em São Paulo, deve ter a honraria.
No documento enviado à Fifa, num apelo para mudar a situação estabelecida, o governador do Distrito Federal criticou a opção por São Paulo para receber a abertura da Copa. “A nossa surpresa foi ver que a escolha se baseia em um estádio que não possui sequer um projeto pronto para a sua construção, não há previsão de fonte de financiamento e a possibilidade de sua entrega é prevista apenas para o fim de 2013”, escreveu Rogério Rosso.
Diante disso, continua o governador, “esta suposta decisão do Comitê Organizador contraria várias determinações constantes do caderno de encargos que todas as demais 11 cidades-sede têm que cumprir para se adequar ao Mundial. Entre elas, a exigência de que todos os estádios estejam prontos no início de 2013, com vistas à realização da Copa das Confederações”. “A suposta decisão do Comitê Organizador de escolher o estádio de São Paulo como abertura do Mundial admite que a arena não obedeça esse rigoroso prazo”, completou.
Defendendo condições iguais para a escolha da sede, o governador cobra uma intervenção da Fifa. “Estamos certos de que a mesma oportunidade se dará a todas as cidades concorrentes, sem que novas regras sejam criadas no meio do processo de seleção. O que queremos, humildemente, é apenas que o cronograma estabelecido por esta reconhecida entidade seja observado rigorosamente, para todas as cidades-sede”, diz a carta.
Por fim, o governador levanta suspeitas sobre os critérios de escolha da sede da abertura e pede mais transparência. “Todos nós esperamos que a Fifa esteja consciente do tipo de mensagem errônea que poderia ser passada à população se uma decisão baseada em influências obscuras for tomada”, finaliza o documento assinado por Rogério Rosso.