A Associação de Futebol da Inglaterra (FA) recebeu nesta quinta-feira um ultimato do governo britânico para implementar uma reforma na entidade, sob risco de intervenção legislativa caso não atenda às especificações. A FA terá até o próximo mês de abril para realizar todas as mudanças exigidas.
Legisladores britânicos e representantes da FA se reuniram por horas nesta quinta. A lentidão da entidade para promover as alterações irritou os governantes locais, que colocaram em dúvida a capacidade da associação de seguir no comando do futebol do país.
Entre as críticas feitas pelo governo britânico, estão a estrutura antiquada, a falta de diversidade dos integrantes e a incapacidade de evoluir da FA. Os políticos que participaram do encontro apontaram para o fato de haver apenas uma mulher no corpo diretivo da entidade e para a perda de poder da associação diante do crescimento da Premier League – responsável pela organização do Campeonato Inglês.
“O tempo está correndo e se não houver as reformas, não só retiraremos os fundos públicos da FA, como também consideraremos propor leis, regulamentos e opções financeiras para obter as mudanças necessárias”, explicou o ministro dos Esportes da Grã-Bretanha, Tracey Crouch. “Se queremos ver uma melhor administração do futebol a nível mundial, temos que começar aqui.”
Crouch ironizou o fato de a FA ter sido uma das críticas mais ferrenhas da Fifa em meio à crise política que a principal entidade do futebol mundial enfrentou nos últimos anos. “Francamente, que direito temos de criticar a administração da Fifa se a Associação de Futebol do país não é transparente em seu próprio processo de decisões?”, questionou.