O governo da Bélgica não descarta um boicote aos Jogos Olímpicos caso piore a situação do conflito entre China e Tibete. Nesta quarta-feira, o vice-premier belga, Didier Reynders, disse que a possibilidade de boicote não foi excluída pelo país.

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"É uma opção que ainda vemos com ressalvas, mas não podemos descartá-la", afirmou Reynders. A declaração do governo belga surge um dia depois de o presidente francês Nicolas Sarkozy afirmar que há a possibilidade de seu país não participar da cerimônia de abertura do evento.

"Nosso governo está atento ao desenrolar da situação", afirmou Reynders, que emendou dizendo que, embora não seja descartado como forma de manifestar apoio aos direitos humanos, o boicote "não é uma boa solução" diante do conflito.

Outro membro do governo belga tem uma visão mais radical. Bert Anciaux, ministro dos Esportes da região de Flanders, já afirmou que não irá à cerimônia de abertura da Olimpíada. "Se a opinião pública mundial quer dar um sinal sobre violação de direitos humanos e culturais, usar a cerimônia de abertura não é má idéia", afirmou.

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Anciaux, no entanto, é contra o boicote aos jogos em sua totalidade. "Isso só iria destruir o sonho de milhares de atletas.