O Bayern de Munique sonha em disputar a final da Liga dos Campeões no seu estádio e, nesta terça-feira, mostrou por que confia tanto na Allianz Arena. Ao vencer o Real Madrid por 2 a 1, na partida de ida das semifinais, a equipe alemã deu grande passo para se garantir na decisão, marcada para o dia 19 de maio, em Munique. De quebra, ainda mostrou que não está atrás de Real e Barcelona na condição de favorito ao título.
Ribéry abriu o placar no primeiro tempo, totalmente dominado pelo Bayern. O empate veio na segunda etapa, com Özil. Quando o Real Madrid já se fechava para segurar a igualdade, Mario Gomez, sempre ele, fez o segundo dos donos da casa. O gol foi o 12.º do vice-artilheiro da Liga dos Campeões, atrás apenas de Messi, que tem 14.
O Bayern, porém, deixou o campo reclamando da arbitragem do inglês Howard Webb, que não deu dois pênaltis (um em Ribéry e outro em Gomez) e não expulsou Sergio Ramos e Marcelo, ambos por faltas por trás em Muller. O brasileiro, especialmente, foi muito violento.
Destaque também pelo erro de José Mourinho, que começou com Marcelo no banco de reservas porque considera Fábio Coentrão melhor marcador. O português, porém, vai embora de Munique com dor nas costas depois da entortada que levou de Lahm no gol que decidiu o jogo. Kaká, em alta no Real Madrid, só esquentou o banco.
O JOGO – O Real Madrid fez um primeiro tempo quase nulo. Parecia que do outro lado estava o Barcelona, uma vez que o Bayern de Munique tocava a bola, passava mais tempo no campo de ataque, e marcava bem Cristiano Ronaldo.
A única coisa que o Real teve para comemorar nos primeiros 45 minutos foi o pênalti que o árbitro Howard Webb não deu quando Ribéry foi derrubado na área. O problema é que logo em seguida, aos 16, Kroos cobrou escanteio, Sergio Ramos afastou mal e o francês chutou forte, do meio da área, para abrir o placar.
Enquanto o Real só assustava na bola parada de Cristiano Ronaldo, o time da casa apresentava um leque de opções. Tanto que levou muito perigo em dois lances: um chute de longe de Schweinsteiger e uma batida de Mario Gomez, esta exigindo ótima defesa de Casillas.
No intervalo, o time do Real Madrid pareceu ter sido avisado por José Mourinho sobre o buraco no lado direito da zaga alemã. Aos 4 minutos, Benzema apareceu por ali e foi travado por Boateng na hora do chute. Depois, aos 8, foi Cristiano Ronaldo quem recebeu livre, mas o português chutou em cima do goleiro. Neuer, porém, deu rebote e a bola que passou por Özil e Benzema caiu com Ronaldo, novamente na esquerda do ataque. O craque rolou para trás e Özil mandou para rede, deixando tudo igual.
O empate não agradava ninguém. Pelo Bayern, saiu o volante Schweinsteiger e entrou Muller, artilheiro da última Copa. No Real, Özil deu lugar a Marcelo. As modificações fizeram melhor ao time alemão, que só não voltou à frente porque Mario Gomez perdeu um gol embaixo das traves, para desespero da torcida.
Nos últimos minutos de jogo, o Real Madrid jogou como time pequeno, preocupado em marcar, enquanto Bayern parecia precisar desesperadamente da vitória. Os donos da casa rodeavam a área espanhola e, numa das poucas infiltrações, aos 41, Mario Gomez foi derrubado ao mesmo tempo por Fábio Coentrão e Sergio Ramos.
Mesmo com a arbitragem jogando contra, o Bayer conseguiu vencer. Aos 43, Lahm fez linda jogada pela direita, entortou Coentrão, foi à linha de fundo e rolou para Gomez marcar. Antes do fim do jogo, Marcelo ainda fez falta duríssima em Muller, por trás, gerando empurra-empurra. Sorte dele que o árbitro parecia querer ajudar o Real Madrid e poupou o vermelho, apenas advertindo o brasileiro.