Sonho de todo vascaíno, a Copa Libertadores é também o sonho do técnico Ricardo Gomes. Recuperando-se de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sofrido em 28 de agosto, durante o clássico entre Vasco e Flamengo, o treinador já planeja sua volta ao comando da equipe cruzmaltina. A sua meta é estar pronto para voltar à beira do gramado em fevereiro, quando começa a Libertadores para o Vasco.
“Penso em voltar em fevereiro. Eu e os médicos estamos tentando fazer o melhor possível”, disse Ricardo Gomes, em entrevista ao jornal Extra deste sábado. “Estou vendo todos os jogos pela televisão. Comecei a assistir ainda no CTI, quando o Vasco enfrentou o Figueirense”, revelou o treinador, que vem sendo substituído pelo auxiliar técnico Cristovão Borges.
Gomes espera que, em seu retorno ao Vasco, já esteja plenamente reabilitado. No momento, de acordo com o jornal, o treinador está com dez quilos a menos que o usual. “Os médicos dizem que posso trabalhar normalmente. Mas ainda não estou andando como antes. É preciso ter um pouco de calma. Consigo mexer o braço e a perna, sim. Mas ainda falta um pouco de sensibilidade”, disse o ex-zagueiro, que usa muletas para se locomover, mas enxerga um progresso diário em sua recuperação.
Ainda que o retorno à beira do gramado demore até o ano que vem, Ricardo Gomes não perde a esperança de ver de perto o título do Vasco no Campeonato Brasileiro. Ele planeja começar a frequentar São Januário daqui a um mês. Se eu conseguir, será ótimo. Vou tentar. Em um mês, talvez… Quero ir nas rodadas finais. Estou esperançoso (que seja campeão). O time está indo muito bem”, avaliou Gomes, cuja equipe lidera o Brasileirão com dois pontos de folga sobre o vice-líder Corinthians.
Após o segundo susto – ele já havia sido internado com problema semelhante, mas de menor gravidade, quando treinava o São Paulo – Ricardo Gomes garante que passou a ter mais cuidados com a sua saúde. “Estou me recuperando muito bem. O negócio foi muito, muito grave mesmo. Meu pai teve a mesma coisa, com 43 anos. Foi má fabricação (risos). Ele teve um, se recuperou, mas morreu vítima de outro AVC, aos 66 anos. Hoje, teria 86. Mas fui negligente. Tudo isso aconteceu porque fui burro. Tenho que ter mais cuidado. Eu não tomava remédio de pressão. E isso é tão simples. Agora estou tomando”, disse o treinador.
