“O título era para ser da gente”. Essa frase do zagueiro e capitão do Coritiba, Gomes, sintetiza a consciência e o preparo para a conquista do Brasileirão de 1985. Edson Bonifácio Gomes, antes de atuar pelo Coritiba, defendeu o Corinthians, time em que foi campeão paulista, e pelo qual foi emprestado ao Verdão.
Vestindo a camisa coxa-branca, Gomes foi responsável pelo gol que deu o título ao Coritiba, já nas cobranças de pênaltis. “Não era para eu bater, de repente o Marco Aurélio me pediu para cobrar (o pênalti)”, relembrou Gomes. O zagueiro atribui a conquista do campeonato nacional às rigorosas maratonas de treinamento e ao empenho de técnico Ênio Andrade e do presidente Evangelino.
Naquele momento, a ordem era vencer. Gomes tinha a experiência e maturidade que equilibravam o Coritiba, formado pela mescla entre jogadores mais jovens e veteranos. A cumplicidade que envolvia o time empolgava a torcida, que nos jogos do brasileirão cantava músicas de carnaval para embalar os jogadores.
Gomes mantém vivo seu amor pelo Coritiba e pela torcida alviverde: “agradeço muito pelos meus anos de Coxa”, revela o zagueiro ao afirmar que, recorrentemente, sua família visita Curitiba. Depois de abandonar os campos, Gomes dedicou-se ao preparo de jogadores, função que desempenhou até 2006, como auxiliar técnico do Guarani. Hoje, representante comercial, Gomes celebra o centenário do alviverde. “A torcida tem que se orgulhar, o Coritiba é um time de tradição” disse.
Para o atleta, os 100 anos do primeiro alviverde do Brasil é uma comemoração única e que demonstra o valor da alma guerreira que permitiu ao Coritiba atravessar as dificuldades e concentrar-se em escrever uma história repleta de conquistas.
Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.
